Análise histopatológica comparativa do dano na orelha interna na meningite : vias otogênica versus meningogênica
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Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Objetivo: Diferenciar os padrões de alterações na orelha interna entre as vias meningogênica e otogênica em casos de meningite. A hipótese é que identificar padrões distintos associados a cada via pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias diagnósticas e terapias direcionadas. Métodos: Ossos temporais de pacientes com histórico de meningite e evidência histopatológica de labirintite foram divididos em dois grupos (otogênico e meningogênico). A análise histopatológica da orelha interna foi ...
Objetivo: Diferenciar os padrões de alterações na orelha interna entre as vias meningogênica e otogênica em casos de meningite. A hipótese é que identificar padrões distintos associados a cada via pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias diagnósticas e terapias direcionadas. Métodos: Ossos temporais de pacientes com histórico de meningite e evidência histopatológica de labirintite foram divididos em dois grupos (otogênico e meningogênico). A análise histopatológica da orelha interna foi realizada para identificar alterações qualitativas e semiquantitativas. Essa avaliação abrangeu padrões de inflamação, sinais de ossificação precoce, perda de células ciliadas e alterações na parede lateral, membrana da janela redonda, aqueduto coclear e aqueduto vestibular. Resultados: Trinta e seis ossos temporais foram incluídos no estudo (otogênicos, 21; meningogênicos, 15). Labirintite generalizada foi mais comum em casos otogênicos (100% vs. 53%, p < 0,001). Sinais precoces de ossificação coclear foram observados exclusivamente em casos otogênicos (9 ossos temporais). O ligamento espiral dos casos otogênicos apresentou perda uniforme de fibroblastos em todos os giros cocleares, enquanto os casos meningogênicos mostraram uma perda mais acentuada no giro apical. Casos otogênicos exibiram maior prevalência de inflamação acentuada no aqueduto coclear e no saco endolinfático. Casos meningogênicos apresentaram uma perda mais acentuada de células ciliadas vestibulares nos órgãos otolíticos. Conclusão: Casos otogênicos mostraram maior prevalência de alterações no ligamento espiral e sinais de ossificação precoce, enquanto casos meningogênicos foram associados a um grau mais elevado de danos vestibulares. Nossos achados destacam a importância de considerar a via de infecção e suas implicações para o diagnóstico oportuno e o desenvolvimento de estratégias terapêuticas orientadas pela doença. ...
Abstract
Objective: To distinguish the patterns of inner ear changes between meningogenic and otogenic routes in meningitis cases. Our hypothesis is that pinpointing distinct patterns linked to each route could aid in the development of diagnostic strategies and targeted therapies. Methods: Temporal bones from patients with a history of meningitis and histopathological evidence of labyrinthitis were divided into two groups (otogenic and meningogenic). Inner ear histopathological examination was performe ...
Objective: To distinguish the patterns of inner ear changes between meningogenic and otogenic routes in meningitis cases. Our hypothesis is that pinpointing distinct patterns linked to each route could aid in the development of diagnostic strategies and targeted therapies. Methods: Temporal bones from patients with a history of meningitis and histopathological evidence of labyrinthitis were divided into two groups (otogenic and meningogenic). Inner ear histopathological examination was performed to identify qualitative and semi-quantitative changes. This assessment encompassed inflammation patterns, indications of early ossification, hair cell loss, and alterations in the lateral wall, round window membrane, cochlear aqueduct and vestibular aqueduct. Results: Thirty-six temporal bones were included in the study (otogenic, 21; meningogenic, 15). Generalized labyrinthitis was more common in otogenic cases (100% vs. 53%, p < 0.001). Early signs of cochlear ossification were exclusively observed in otogenic cases (9 temporal bones). The spiral ligament of otogenic cases has shown a uniform loss of fibrocytes across all cochlear turns, while meningogenic cases showed more severe loss in the apical turn. Otogenic cases exhibited a higher prevalence of severe inflammation of the cochlear aqueduct and endolymphatic sac. Meningogenic cases showed more severe loss of vestibular hair cells in the otolithic organs. Conclusion: Otogenic cases displayed a higher prevalence of changes in the spiral ligament and signs of early ossification, whereas meningogenic cases were associated with a higher degree of vestibular damage. Our findings emphasize the importance of considering the infection route and its implications for timely diagnosis and development of pathology-oriented treatment strategies. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Cirúrgicas.
Coleções
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Ciências da Saúde (9381)Cirurgia (443)
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