Ativismo em rede : estudo sobre perfis de mulheres indígenas no Instagram
Visualizar/abrir
Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Este estudo investiga a interseção entre culturas indígenas e a cultura ocidental contemporânea, representada pelo Instagram, analisando como as narrativas indígenas se manifestam em um sistema capitalista, patriarcal e colonizado. Os perfis das influenciadoras indígenas Shirley Krenak e Alice Pataxó são o foco da análise, que envolve a utilização da cartografia como inspiração metodológica para mapear informações e subjetividades. A pesquisa busca integrar perspectivas teóricas e promover uma ...
Este estudo investiga a interseção entre culturas indígenas e a cultura ocidental contemporânea, representada pelo Instagram, analisando como as narrativas indígenas se manifestam em um sistema capitalista, patriarcal e colonizado. Os perfis das influenciadoras indígenas Shirley Krenak e Alice Pataxó são o foco da análise, que envolve a utilização da cartografia como inspiração metodológica para mapear informações e subjetividades. A pesquisa busca integrar perspectivas teóricas e promover uma construção coletiva do conhecimento, utilizando as variedades da atenção pensadas por Kastrup (2020) como guia para o processo de coleta de dados. A abordagem teórica se dedica ao Multinaturalismo e Perspectivismo, abordados por Viveiros de Castro (2020), para explorar e entender a relação dos povos indígenas com a natureza e suas cosmologias. O ativismo digital indígena emerge como uma continuidade das práticas de resistência dos povos originários, adaptando-se às novas tecnologias sem perder suas identidades culturais. Assim, o net-ativismo discute as transformações do ativismo digital, enfatizando sua natureza descentralizada e interativa. Destaca-se o papel das mulheres indígenas ativistas, que utilizam o Instagram para romper estereótipos e afirmar identidades. A pesquisa também aborda o conceito de corpo eletrônico, refletindo sobre como os corpos nas mídias digitais são regulados e estigmatizados. A pesquisa destaca que, ao se apropriarem das redes sociais, as indígenas observadas não apenas utilizam essas plataformas para comunicação, mas, em alguma medida, reconfiguram-nas de acordo com suas próprias ontologias, transformando-as em espaços de enunciação cosmopolítica que desafiam a representação ocidental. A análise das especificidades do Instagram dos perfis selecionados revela como a plataforma molda práticas de engajamento e performatividade. Nota-se diferença entre as estratégias comunicacionais nos perfis: enquanto Shirley apresenta uma abordagem mais espontânea, Alice adota uma estética visual coesa que favorece maior engajamento. Essa tensão entre aderência e resistência às normas da plataforma enriquece a compreensão de suas práticas. Por fim, a pesquisa ressalta a importância de considerar as desigualdades estruturais que atravessam a visibilidade e o ativismo indígena nas redes, contribuindo para uma leitura crítica das dinâmicas socioculturais contemporâneas. ...
Abstract
This study investigates the intersection between Indigenous cultures and contemporary Western culture, represented by Instagram, analyzing how Indigenous narratives manifest within a capitalist, patriarchal, and colonized system. The profiles of Indigenous influencers Shirley Krenak and Alice Pataxó are the focus of the analysis, which draws on cartography as a methodological inspiration to map information and subjectivities. The research seeks to integrate theoretical perspectives and promote ...
This study investigates the intersection between Indigenous cultures and contemporary Western culture, represented by Instagram, analyzing how Indigenous narratives manifest within a capitalist, patriarchal, and colonized system. The profiles of Indigenous influencers Shirley Krenak and Alice Pataxó are the focus of the analysis, which draws on cartography as a methodological inspiration to map information and subjectivities. The research seeks to integrate theoretical perspectives and promote a collective construction of knowledge, using the varieties of attention proposed by Kastrup (2020) as a guide for the data collection process. The theoretical approach is grounded in the concepts of Multinaturalism and Perspectivism, as discussed by Viveiros de Castro (2020), to explore and understand Indigenous peoples’ relationships with nature and their cosmologies. Indigenous digital activism emerges as a continuation of the resistance practices of original peoples, adapting to new technologies without losing their cultural identities. In this context, net-activism addresses the transformations of digital activism, emphasizing its decentralized and interactive nature. The role of Indigenous women activists is highlighted, showing how they use Instagram to challenge stereotypes and assert identities. The research also addresses the concept of the electronic body, reflecting on how bodies in digital media are regulated and stigmatized. It emphasizes that, by appropriating social networks, the Indigenous women observed not only use these platforms for communication but, to some extent, reconfigure them according to their own ontologies, transforming them into spaces of cosmopolitical enunciation that challenge Western representation. The analysis of the specificities of the selected Instagram profiles reveals how the platform shapes engagement and performative practices. A notable difference is observed in their communication strategies: while Shirley adopts a more spontaneous approach, Alice employs a cohesive visual aesthetic that encourages greater engagement. This tension between conformity to and resistance against platform norms enriches the understanding of their practices. Finally, the research underscores the importance of considering the structural inequalities that permeate Indigenous visibility and activism on social media, contributing to a critical understanding of contemporary sociocultural dynamics. ...
Resumen
Este estudio investiga la intersección entre las culturas indígenas y la cultura occidental contemporánea, representada por Instagram, analizando cómo las narrativas indígenas se manifiestan en un sistema capitalista, patriarcal y colonizado. Los perfiles de las influenciadoras indígenas Shirley Krenak y Alice Pataxó son el foco del análisis, que implica el uso de la cartografía como inspiración metodológica para mapear informaciones y subjetividades. La investigación busca integrar perspectiva ...
Este estudio investiga la intersección entre las culturas indígenas y la cultura occidental contemporánea, representada por Instagram, analizando cómo las narrativas indígenas se manifiestan en un sistema capitalista, patriarcal y colonizado. Los perfiles de las influenciadoras indígenas Shirley Krenak y Alice Pataxó son el foco del análisis, que implica el uso de la cartografía como inspiración metodológica para mapear informaciones y subjetividades. La investigación busca integrar perspectivas teóricas y promover una construcción colectiva del conocimiento, utilizando las variedades de atención propuestas por Kastrup (2020) como guía para el proceso de recolección de datos. El enfoque teórico se dedica al multinaturalismo y al perspectivismo, abordados por Viveiros de Castro (2020), para explorar y comprender la relación de los pueblos indígenas con la naturaleza y sus cosmologías. El activismo digital indígena surge como una continuidad de las prácticas de resistencia de los pueblos originarios, adaptándose a las nuevas tecnologías sin perder sus identidades culturales. Así, el net-activismo discute las transformaciones del activismo digital, enfatizando su carácter descentralizado e interactivo. Se destaca el papel de las mujeres indígenas activistas, que utilizan Instagram para romper estereotipos y afirmar identidades. La investigación también aborda el concepto de cuerpo electrónico, reflexionando sobre cómo los cuerpos en los medios digitales son regulados y estigmatizados. Se resalta que, al apropiarse de las redes sociales, las indígenas observadas no solo utilizan estas plataformas como medios de comunicación, sino que, en cierta medida, las reconfiguran según sus propias ontologías, transformándolas en espacios de enunciación cosmopolítica que desafían la representación occidental. El análisis de las especificidades del Instagram de los perfiles seleccionados revela cómo la plataforma moldea prácticas de participación y performatividad. Se observa una diferencia en las estrategias comunicacionales de los perfiles: mientras Shirley presenta un enfoque más espontáneo, Alice adopta una estética visual coherente que favorece un mayor compromiso. Esta tensión entre la adhesión y la resistencia a las normas de la plataforma enriquece la comprensión de sus prácticas. Finalmente, la investigación subraya la importancia de considerar las desigualdades estructurales que atraviesan la visibilidad y el activismo indígena en las redes, contribuyendo a una lectura crítica de las dinámicas socioculturales. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Programa de Pós-Graduação em Comunicação.
Coleções
-
Ciências Sociais Aplicadas (6372)Comunicação e Informação (626)
Este item está licenciado na Creative Commons License


