Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorBordini, Maria da Glóriapt_BR
dc.contributor.authorBueno, Kim Amaralpt_BR
dc.date.accessioned2011-10-22T01:18:55Zpt_BR
dc.date.issued2011pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/33331pt_BR
dc.description.abstractA análise comparativa entre o romance de Franz Kafka, O processo, e o filme homônimo de Orson Welles pretende compreender de que maneira a obra cinematográfica transcria o universo kafkiano, levando à tela cinematográfica o tempo, o espaço e o protagonista, a partir do hipotexto literário. As estratégias narrativas empregadas na produção da película problematizam a posição do narrador, onisciente no romance, mas que, no filme, salvo as evidentes diferenças narratológicas inerentes aos códigos, é produzido através de um “jogo de vozes”, partindo da parábola “Diante da Lei”, utilizada no incipit fílmico. O tempo e o espaço são configurados mantendo os traços “expressionistas” de Kafka, produzindo zonas de indeterminação temporais e topológicas que corroboram a inação do protagonista. O conceito de “estado de exceção”, esboçado por Giorgio Agamben, permite pensar que a origem do processo movido contra Josef K., de desconhecidas motivações, reside num poder de domínio e controle que antecede a própria lei. A aproximação do protagonista de Kafka e de Welles à figura do homo sacer é possível tanto pelo estatuto da ação que ele exerce em função da necessidade de defesa (o que caracteriza a sua inação, uma vez que não há “progressão”, a despeito das suas tentativas de produzir uma primeira petição de defesa), quanto das “deformidades” que o caracterizam, incorporando-o ao bando das personagens “monstruosamente” híbridas de Kafka. Porém, a “deformidade” que marca K. e o exclui da comunidade regida pelo ordenamento legal não está aparente, mas age biologicamente, estabelecendo um secreto mecanismo de controle cujo poder de decisão age sobre a orgânica morte, a extirpação de uma vida simplesmente “matável e insacrificável”.pt_BR
dc.description.abstractThe comparative analysis between the novel of Franz Kafka, The Trial, and the homonym movie of Orson Welles intends to understand how the cinematographic workmanship used to transcribe the kafkian universe, taking to the cinematographic screen the time, the space and the protagonist from literary hipotext. The narrative strategies used in the production of the film problematize the position of the narrator, omniscient in the romance, but that, in the film (except for the evident narratological differences inherent to the codes), it is produced through a “game of voices”, coming from the parabola “Before the Law”, used in the filmic incipit. The time and the space are configured keeping “the expressionists” traces of Kafka, producing secular and topological zones of indetermination that corroborate the inaction of the protagonist. The concept of “exception state”, sketched for Giorgio Agamben, allows us to think that the origin of the process moved against Josef K, of unknown motivations, inhabits in a power of domain and control that precedes the proper law. The approach of the protagonist of Kafka and Welles to the figure of homo sacer is possible as much for the statute of the action that it exerts in function of the defense necessity (which characterizes its inaction, a time that does not have “progression”, in the spite of its attempts to produce a first petition of defense), how much of the “deformities” that characterize it, incorporating it to the flock of the “monstrously” hybrid personages “of Kafka. However, the “deformity” that marks K. and excludes it from the community conducted for the legal order is not apparent, but it acts biologically, establishing a private mechanism of control which power of decision falls again on the organic death, the extirpation of a simply “killable and unsacrifiable” life.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectFranz Kafkaen
dc.subjectKafka, Franz, 1883-1924pt_BR
dc.subjectOrson Wellesen
dc.subjectWelles, Orson, 1915-1985pt_BR
dc.subjectCrítica literáriapt_BR
dc.subjectThe trialen
dc.subjectLiteratura comparadapt_BR
dc.subjectState of exceptionen
dc.subjectHomo saceren
dc.subjectLiteratura alemãpt_BR
dc.subjectLiteratura e cinemapt_BR
dc.subjectEstado de exceçãopt_BR
dc.titleO Processo, em Kafka e Welles : exceção e inaçãopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000789479pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2011pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples