Efeito do exercício físico sobre a perda muscular na artrite experimental
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Data
2013Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória crônica que afeta as articulações sinoviais e está associada à incapacidade progressiva, complicações sistêmicas, morte precoce e elevados custos socioeconômicos. A inflamação crônica pode levar ao aumento nos níveis de degradação protéica e provocar déficits no processo de regeneração muscular resultando em pronunciada perda muscular. Estima-se que 66% dos pacientes com AR apresentem algum grau de comprometimento muscular. O exercíc ...
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória crônica que afeta as articulações sinoviais e está associada à incapacidade progressiva, complicações sistêmicas, morte precoce e elevados custos socioeconômicos. A inflamação crônica pode levar ao aumento nos níveis de degradação protéica e provocar déficits no processo de regeneração muscular resultando em pronunciada perda muscular. Estima-se que 66% dos pacientes com AR apresentem algum grau de comprometimento muscular. O exercício físico, devido ao seu efeito antiinflamatório, poderia modular o sistema imune melhorando sua função e, consequentemente, minimizar a perda muscular decorrente da inflamação crônica na AR. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do exercício físico sobre cascatas de sinalização no processo de perda muscular em modelo experimental de artrite. Camundongos DBA1/J (fêmeas de 8-12 semanas de idade) com artrite induzida por colágeno (CIA) foram divididos em dois grupos: CIA não-tratado (CIA) e CIA tratado (EXE). Os animais do grupo tratado foram submetidos a exercício físico aeróbico moderado, em esteira, 30 minutos por dia, 5 dias por semana durante quatro semanas. O escore clínico de artrite foi avaliado diariamente. A locomoção exploratória espontânea e o peso foram avaliados semanalmente. Após eutanásia, os músculos tibial anterior e gastrocnêmio foram dissecados e utilizados para histologia e análise da expressão protéica por western blot, respectivamente. Utilizou-se de teste t de amostras independentes e foi considerado significancia estatística para um valor p<0,05. Os parâmetros clínicos (escore clínico, edema da pata e peso do animal) e o peso dos músculos não apresentaram diferença significativa entre os grupos. Não foi observada diferença na distância percorrida no teste de locomoção espontânea, bem como na área da miofibra do músculo entre os grupos experimentais. A expressão de MuRF-1 (proteína associada a degradação muscular), Pax-7 (marcador de proliferação de células satélite), miogenina (marcador de diferenciação de células satélite) não apresentou diferença significativa entre os grupos. Assim, apesar de programas de exercícios representarem um bom método para reversão da perda protéica presente na AR, seu efeito positivo não foi observado neste estudo. Vale ressaltar que neste programa de exercícios foram utilizados animais fêmeas onde as influências hormonais devem ser consideradas devido à importante função da testosterona na formação de massa muscular. Este programa de exercício também apresentou algumas limitações, tais como: a velocidade de corrida fixa e o tempo reduzido de corrida. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Curso de Biomedicina.
Coleções
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TCC Biomedicina (278)
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