Cartografias de um sujeito hiperconectado : ciberescritas instantâneas em dispositivos móveis
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Data
2014Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Partindo do cenário da hiperconectividade, condição de conexão contínua e generalizada na qual o sujeito está imerso através de dispositivos móveis conectados à internet, problematizo, nesta pesquisa, que processos de subjetivação estão implicados no compartilhamento de atualizações nas redes sociais na internet através de escritas instantâneas. Realizo tal problematização através de uma cartografia que se traça na deriva pelas redes digitais e “fora delas”, registrada sob a forma de diários de ...
Partindo do cenário da hiperconectividade, condição de conexão contínua e generalizada na qual o sujeito está imerso através de dispositivos móveis conectados à internet, problematizo, nesta pesquisa, que processos de subjetivação estão implicados no compartilhamento de atualizações nas redes sociais na internet através de escritas instantâneas. Realizo tal problematização através de uma cartografia que se traça na deriva pelas redes digitais e “fora delas”, registrada sob a forma de diários de bordo móveis e desterritorializados. Neste percurso, analiso primeiramente que novos agenciamentos estão se engendrando entre os humanos e suas máquinas tecnológicas, atentando para a imaterialidade das conexões e para as possibilidades de interação à distância que criam novas concepções sobre estar próximo ou distante, só ou acompanhado. Voltando-me a pensar na temporalidade imediatista que permeia várias esferas da vida contemporânea, problematizo que marcas a urgência e a intolerância à espera imprimem nessas formas de nos subjetivarmos através do compartilhamento de escritas móveis. Tal questão é explorada a partir do desdobramento de quatro pontos: a mobilidade dos dispositivos e as possibilidades da escrita desterritorializada; as escritas fragmentadas e instantâneas que se configuram como novas formas de relatar uma vida enquanto ela acontece; a experimentação de novas modalidades de conversas a partir dos aplicativos de chats móveis que nos permitem “falar pelos dedos”; e os jogos de visibilidade e invisibilidade nos quais o sujeito se insere ao expor sua vida na rede, porém atentando não para uma “espetacularização” da subjetividade, mas para as possibilidades de habitar o ciberespaço e produzir processos de singularização. Por fim, questiono-me que possibilidades ainda restam de sentir, afetar-se e expressar-se através do corpo superestimulado do sujeito esgotado pelos excessos da hiperconectividade. A necessidade de reapropriação e ressingularização da mídia, como proposto por Guattari, é tomada para pensar nas linhas de fuga da onde emergem as possibilidades de multiplicar os modos de existir na singular experiência de navegar pelo ciberespaço. ...
Abstract
Starting with the scenario of hyperconnectivity, condition of continuing and widespread connection in which the subject is immersed through mobile devices connected to the internet, I analyze, in this research, the processes of subjectivation involved on sharing updates on social networking sites via instant written. This research is made through a cartography performed by drifting in the digital networks and “out of them”, recorded in the form of mobile and deterritorialized logbooks. In this ...
Starting with the scenario of hyperconnectivity, condition of continuing and widespread connection in which the subject is immersed through mobile devices connected to the internet, I analyze, in this research, the processes of subjectivation involved on sharing updates on social networking sites via instant written. This research is made through a cartography performed by drifting in the digital networks and “out of them”, recorded in the form of mobile and deterritorialized logbooks. In this course, I first analyze which new assemblages are being engineered between humans and their technological machines, paying attention to the immateriality of the connections and the possibilities of interaction in distance that create new conceptions about being near or far, alone or together. Thinking about the temporality of immediacy that permeates various spheres of contemporary life, I analyze which marks the urgency and waiting intolerance print on these forms of subjectivation through the mobile sharing of writing. This question is explored through the unfolding of four points: the mobility of the devices and the possibilities of deterritorialized writing; fragmented and instant writings that constitute new ways to report a life while it happens; experimentation with new modalities of conversation in the mobile chat applications that allow us to “speak with our fingers”; and games of visibility and invisibility in which the subject takes place by exposing his life on the network, not paying attention for a “spectacularization” of the subjectivity, but instead of that, for the possibilities for inhabiting the cyberspace and producing processes of singularization. Finally I wonder what possibilities are left to feel, to affect and to express through the subject’s overstimulated body, exhausted by the excesses of hyperconnectivity. The need for reappropriation and resingularization of the media, as proposed by Guattari, is taken to think on the escape lines from which emerge the possibilities of multiplying the forms of existence in the singular experience of surfing through the cyberspace. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional.
Coleções
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Ciências Humanas (7479)
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