Celular na sala de aula e a criação de narrativas audiovisuais

Abstract

Teorizada por vários especialistas, a questão dos conflitos, no âmbito escolar, tem como provável pano de fundo o notável encontro de diferentes gerações. Entre os diversos catalizadores desse conflito e uma das marcas mais presente nesse tecido social, está o celular. Este já figura em boa parte dos formatos das relações sociais tanto nos espaços públicos como nos privados, sendo, inclusive, um forte objeto de consumo. Embora, hoje, o celular seja ainda muito indesejado pelo corpo docente, nota-se uma relação indissociável entre ele e o estudante. Nesse enquadramento, usamos o aparelho celular na sala de aula, objeto de estudo desta pesquisa, definindo-o como “artefato cultural” contemporâneo com grande potencial para criação de mídias audiovisuais. Devido ao seu “hibridismo”, o celular não deve ser negligenciado em sala de aula, pois, indubitavelmente, já representa uma importante ferramenta, mesmo que experimental, para a criação e distribuição de “conteúdo pedagógico”. Dessa forma, defende-se seu uso na sala de aula em momentos de aprendizagem, como na criação de narrativas audiovisuais, além de que com a sua ampla apropriação pelo aluno poderá constituir um aprendizado para cidadania ou em termos gerais numa “ética de uso dos aparelhos móveis”. Para não negligenciá-lo e para usá-lo de forma adequada, é preciso estabelecer critérios, promovendo, assim, a intersecção entre: celular, sala de aula e aprendizado. Sem interposição (ou sobreposição) de valores, baseados em critérios proibitivos, o aparelho celular, no ambiente de aprendizagem, poderá ter uma aplicação aliada ao aprendizado, baseando-se em projetos, resolvendo os conflitos e servindo para definir o espaço das tecnologias móveis no processo de ensino-aprendizagem.

Theorized by many experts, the school environment conflicts, is likely to have a remarkable encounter of different generations with different backgrounds. Among the various causes of these conflicts, is the cell phone. This is already included in many of the social relationships formats, in public and private spaces, and is a desired product. Although, nowadays, the cell phone is also very undesirable for the faculty, an inseparable relationship between him and the student. The mobile device, object of study of this research can be defined as a "cultural artifact" for contemporary creation of audiovisual media. Due to its “hybridism”, the mobile phone should not be neglected inside the classroom, because it certainly represents a important tool, even experimental, to create and distribution of “pedagogical material”. After analyzing the facts, this research indorses its use in classrooms in learning-moments, as the creation of audiovisual narratives, besides, with his own understanding of the themes being addressed, the student can have a learning experience for citizenship, or in general terms "be ethical when using mobile devices". However, to not neglecting it and to use it properly, we must establish criteria, thereby, promoting the merging of the mobile phone, classroom, and learning. Without interposition (or overlap) values, based on prohibitive criteria, the mobile phone, in the classroom, may be an ally for learning, project-based, solving conflicts and defining the space of mobile technologies in the process of teaching and learning.