Mulheres e poder : estratégias para o sucesso das famílias dirigentes de Colônia na Idade Média tardia
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Data
2017Tipo
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Women and power : ruling families' strategies for the success in the city of Cologne in the late Middle Ages
Assunto
Resumo
A discussão sobre o tema mulheres e poder político na Idade Média é geralmente restrita às mulheres da nobreza, especialmente aquelas que desempenharam funções como regentes de seus filhos menores ou como rainhas. Mas quando a análise enfoca mulheres não nobres, mesmo essa efêmera participação política desaparece: um dos raros casos de consenso entre os medievalistas é que nas cidades a participação política direta das mulheres não era permitida. Sobre esse tema Le Goff considera que a situação ...
A discussão sobre o tema mulheres e poder político na Idade Média é geralmente restrita às mulheres da nobreza, especialmente aquelas que desempenharam funções como regentes de seus filhos menores ou como rainhas. Mas quando a análise enfoca mulheres não nobres, mesmo essa efêmera participação política desaparece: um dos raros casos de consenso entre os medievalistas é que nas cidades a participação política direta das mulheres não era permitida. Sobre esse tema Le Goff considera que a situação das citadinas – no que diz respeito a independência, mobilidade, prestígio e poder – era consideravelmente pior do que a das suas contemporâneas da nobreza ou do clero. Embora sem refutar essa interpretação dominante, penso que - com base nos dados disponíveis para as mulheres da elite dirigente da cidade de Colônia - é possível rediscuti-la, incorporando a participação das mulheres no comércio e artesanato como parte da divisão social do trabalho que permitiu que os homens dessa elite - esposos, filhos, irmãos - se dedicassem a uma atividade prestigiosa, mas não remunerada. ...
Abstract
The discussion about women and political power in the Middle Ages is generally restricted to women of the nobility, especially those who have served as regents for their minor children or as queens. But when the analysis focuses on non-noble women, even this ephemeral political participation disappears: one of the rare cases of consensus among medievalists is that in cities the direct political participation of women was not allowed. On this subject Le Goff considers that the situation of the t ...
The discussion about women and political power in the Middle Ages is generally restricted to women of the nobility, especially those who have served as regents for their minor children or as queens. But when the analysis focuses on non-noble women, even this ephemeral political participation disappears: one of the rare cases of consensus among medievalists is that in cities the direct political participation of women was not allowed. On this subject Le Goff considers that the situation of the townswoman - in terms of independence, mobility, prestige and power - was considerably worse than that of its contemporaries of the nobility or the clergy. While not disproving this dominant interpretation, I think that - based on the data available to women of the ruling elite in the city of Cologne - can be rethink, incorporating women's participation in trade and crafts as part of the social division of labor that allowed that the men of this elite - husbands, sons, brothers - to devote themselves to their political careers, a prestigious but unpaid activity. ...
Contido em
De Medio Aevo. Madrid, España. Vol. 6, n. 11 (2017), p. 129-146
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