"Na hora de fazer não gritou" : a "violência obstétrica" como um fenômeno contemporâneo
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Esse trabalho discute a construção e o reconhecimento da “violência obstétrica” como um fenômeno social contemporâneo. A partir de pesquisa bibliográfica em sites, blogs, materiais de divulgação de grupos de ativismo e conversas informais com mulheres grávidas em diferentes contextos, aponto inicialmente o cenário complexo em que o problema se situa e como diferentes agentes se posicionam, entre eles: mulheres que afirmam ter sofrido “violência obstétrica”, grupos de ativistas feministas, órgão ...
Esse trabalho discute a construção e o reconhecimento da “violência obstétrica” como um fenômeno social contemporâneo. A partir de pesquisa bibliográfica em sites, blogs, materiais de divulgação de grupos de ativismo e conversas informais com mulheres grávidas em diferentes contextos, aponto inicialmente o cenário complexo em que o problema se situa e como diferentes agentes se posicionam, entre eles: mulheres que afirmam ter sofrido “violência obstétrica”, grupos de ativistas feministas, órgãos nacionais e internacionais de Saúde, o campo da enfermagem obstétrica e o da biomedicina. Na sequência, a partir da perspectiva da Antropologia das Emoções, chamo atenção para o trabalho ativo das emoções, particularmente do medo na construção dos sentidos do parto e de intervenções. Apresentando criticamente procedimentos como a episiotomia, a cesariana agendada e o “ponto do marido” destaco, entre outras coisas, o campo de disputas dentro do qual a “violência obstétrica” se conforma. ...
Abstract
This study discusses the construction and recognition of “obstetric violence” as a contemporary social phenomenon. Based on the bibliographical research realized in websites, blogs, activist groups divulgation material and informal talks with pregnant women in different contexts, I initially point out the complex scenery in which the problem is situated and how different agents position themselves, between them: women who affirm having suffered “obstetric violence”; activist feminist groups; na ...
This study discusses the construction and recognition of “obstetric violence” as a contemporary social phenomenon. Based on the bibliographical research realized in websites, blogs, activist groups divulgation material and informal talks with pregnant women in different contexts, I initially point out the complex scenery in which the problem is situated and how different agents position themselves, between them: women who affirm having suffered “obstetric violence”; activist feminist groups; national and international health agencies; the field of obstetric nursery and of biomedicine. In the sequence, based on the perspective of the Anthropology of Emotions, I recall attention to the active role of emotions, particularly of fear, in the construction of the senses of childbirth and of interventions. Presenting critically procedures as epistemology, the cesarean operation, and the "husband stitch", I highlight, among other things, the field of dispute in which the "obstetric violence" conforms itself. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Ciências Sociais: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Sociais (764)
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