África do Sul : colonialismo, formação do estado e emergência de uma potência média
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Data
2017Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
O presente trabalho versa sobre a formação do Estado moderno sul-africano. O estrato colonial manifesto ambos no assentamento holandês no Cabo e posteriormente na presença imperial inglesa é a marca mais determinante que resultou no concerto anglo-bôer intitulado União Sul-Africana. Ante a contestada participação na Segunda Guerra Mundial apoiando a Inglaterra, o Partido Nacional assegura a vitória eleitoral na África do Sul e introduz o Apartheid, regime de segregação racial institucionalizado ...
O presente trabalho versa sobre a formação do Estado moderno sul-africano. O estrato colonial manifesto ambos no assentamento holandês no Cabo e posteriormente na presença imperial inglesa é a marca mais determinante que resultou no concerto anglo-bôer intitulado União Sul-Africana. Ante a contestada participação na Segunda Guerra Mundial apoiando a Inglaterra, o Partido Nacional assegura a vitória eleitoral na África do Sul e introduz o Apartheid, regime de segregação racial institucionalizado. Com a revelação de um ideário africâner, o país atinge o último requisito formal para sua soberania completa: a adoção de uma república rescindida da tutela dos ingleses e da Commonwealth. Alicerçada num modelo de capitalismo nacional, a África do Sul tem um crescimento econômico rápido e estabelece um polo de poder regional na África Austral. Com as instabilidades políticas na Rodésia, em Moçambique e em Angola, principalmente, Pretória se vê como guardiã do mundo cristão livre frente às ameaças do comunismo e do nacionalismo africano revolucionário. Ambiciona, a partir da década de 1960, um programa nuclear efetivo, o que transforma o regime em ator contestador, ao mesmo tempo em que é contestada pela comunidade internacional por suas sistemáticas violações de direitos humanos por conta do acirramento das tensões raciais, promovidas pelas políticas de desenvolvimento separado que criavam os bantustões, territórios quase-falidos para as populações negras. A pressão internacional pela mudança de regime numa realidade de fim de Guerra Fria levou a África do Sul a libertar seus presos políticos e a adotar eleições livres pela primeira vez em 1994. As circunstâncias para a transição de regime não se mostravam favoráveis, em que pese o fato de que para se enquadrar na nova ordem mundial, a África do Sul abriu mão de um projeto nacional mais consistente em favor do ativismo global que prometia harmonia através da defesa interminável da paz e prosperidade com a adoção de acordos de livre-comércio. São revistos os componentes da matriz de política externa sul-africana, materializados em três distintos paradigmas: o estrutural isolacionista, o simbiótico integrativo e o normativo pluralista. O ingresso nos BRICS corresponde a uma reação afirmativa à nova realidade multipolar que se projeta no sistema internacional. A projeção internacional sul-africana qualifica-se enquanto esforço de se consolidar como potência média no meridiano africano e apresentas novas possibilidades bem como desafios ao país. ...
Abstract
The current work points South Africa’s modern state building out. The colonial stratum unfolded by both the Dutch settlement in the Cape and the later imperial English presence is the most determining mark which resulted in an Anglo-Boer order entitled Union of South Africa. In view of the disputed participation during World War II backing England, the National Party ensures electoral victory over South Africa and introduces the Apartheid, an institutionalized regime of racial segregation. With ...
The current work points South Africa’s modern state building out. The colonial stratum unfolded by both the Dutch settlement in the Cape and the later imperial English presence is the most determining mark which resulted in an Anglo-Boer order entitled Union of South Africa. In view of the disputed participation during World War II backing England, the National Party ensures electoral victory over South Africa and introduces the Apartheid, an institutionalized regime of racial segregation. With the disclosure of an Afrikaner ideal, the country accomplishes its last formal requirement to complete sovereignty: the introducing of a republic discarding British and Commonwealth custody. Based on a model of national capitalism, South Africa sees a rapid economic growth and establishes itself as a pole of regional power in Southern Africa. Amidst the political instabilities especially in Rhodesia, Mozambique and Angola, Pretoria identifies itself as the guardian of a free Christian world against the threats of revolutionary African nationalism and communism. It aims from the late sixties an effective nuclear program by which it becomes a contesting actor, while it is contested itself by the international community because of its systematic human rights violations related to the sharpening of racial tensions, promoted by the policies of “separate development” that established the Bantustans, quasi-failed territories for the living of black population. The international pressure for regime change in an ending Cold War lead South Africa to free its political prisoners and adopt its first free elections in 1994. The circumstances for regime change didn’t appeared favorable, so that if South Africa wanted to belong to the new world order it had to abandon its most consistent national project in favor of a global activism that promised harmony through the endless vindication of peace and prosperity by adopting free trade agreements. Elements of South African foreign policy’s pattern are distinguished between three different paradigms: the structural-isolationist, the symbiotic-integrative and the pluralist-normative. Joining the BRICS group corresponds to an affirmative reaction to the new multipolar reality that settles itself in the international system. South African international projection qualifies itself as an effort to cement the country as a middle power in Southern Africa and presents new possibilities as well as challenges to it. ...
Zusammenfassung
Diese Arbeit weist auf die moderne südafrikanische Staatsbildung hin. Die von der Holländischen Kapkolonie und später der britischen imperialen Präsenz offengelegte koloniale Schicht ist das am meisten bestimmenden Kennzeichen das die angelburische Ordnung bzw. die Südafrikanische Union ergab. Angesichts der bestrittenen Teilnahme am Zweiten Weltkrieg als Unterstützer der Briten, sichert die Nationale Partei den Wahlsieg in Südafrika und führt die Apartheid ein, das institutionalisierte Regime ...
Diese Arbeit weist auf die moderne südafrikanische Staatsbildung hin. Die von der Holländischen Kapkolonie und später der britischen imperialen Präsenz offengelegte koloniale Schicht ist das am meisten bestimmenden Kennzeichen das die angelburische Ordnung bzw. die Südafrikanische Union ergab. Angesichts der bestrittenen Teilnahme am Zweiten Weltkrieg als Unterstützer der Briten, sichert die Nationale Partei den Wahlsieg in Südafrika und führt die Apartheid ein, das institutionalisierte Regime der Rassentrenung. Mit der Aufdeckung des Afrikanderideal, das Land realisiert sein letzten Bedarf an der kompleten Souveränität, nämlich die Einrichtung einer Republik ohne Aufsicht der Briten und ihrer Commonwealth. Das auf dem Nationalkapitalismusmodell basierendes Südafrika erblickt ein schnelles Wirtschaftswachstum und setzt sich als Pol einer Regionalmacht im südlichen Afrika fest. Inmitten der politischen Unruhen besonders in Rhodesien, Mosambik und Angola, scheint Pretoria als Beschützer der freien christlichen Welt gegen die Bedrohungen des revolutionären afrikanischen Nationalismus und des Kommunismus. Seit den Sechzigern entwickelt das afrikanische Land sein wirksames Atomprogramm wodurch es ein anfechtender Akteur wird, während es selbst von der Internationalen Gemeinde wegen ständigen Menschenrechtsverletzungen aufgrund der Schärfung der Rassenspannung gefochten wird, wobei die Regierung Richtlinien einer „abgetrennten Entwicklung“ nach einem Homelandmuster bzw. quasi-gescheitertem Staates für die schwarze Bewölkerung begünstigte. Der internationale Druck auf den Regimewechsel im endenden Kalten Krieg führte Südafrika in die Freientlassung politischer Natur sowie in seinen ersten freien Wahlen im Jahre 1994. Die Gelegenheiten für den Regimewechsel erschienen nicht gerade vorteilhaft, so dass wenn sich Südafrika zur neuen Weltordnung anpassen wünschte, hätte es seinen nationaleinheitlichen Plan zugunsten eines globalen Aktivismus der Friedenforderung und des Freihandelabkommens abschaffen müssen. Grundlagen des Standards südafrikanischer Außenpolitik werden zwischen 3 ungleiche Paradigmen unterschieden, nämlich das strukturell-isolationistische, das symbiotisch-einheitliche und das normpluralistische Paradigma. Der BRICS-Eintritt bedeutet eine versichernde Reaktion auf der neuen multipolaren Realität die sich im Rahmen des internationalen Systems verwirklicht. Die internationale Führung Südafrikas bezeichnet sich selbst als Bemühung einer Mittelmachtfestigung im südlichen Afrika und bietet neue Möglichkeiten sowie Herausforderungen an. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Ciência Política.
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