Visualidades na obra de Nelson Jungbluth como diretor de arte na Varig

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo compreender a trajetória de Nelson Jungbluth (1921 – 2008), nascido em Taquara/RS, como ilustrador publicitário e designer gráfico na Viação Aérea Rio-Grandense (Varig), em que trabalhou por 35 anos como diretor de arte. Neste período, ele redesenhou a identidade visual da companhia, criando a icônica Rosa dos Ventos, e ainda produziu, entre muitos outros materiais, um número significativo de ilustrações utilizadas tanto para cartazes de divulgação como calendários que serviam de brinde para os clientes e parceiros da Varig. Através da coleta e organização de dados biográficos e parte do material produzido por Jungbluth neste contexto, busca-se evidenciar o modo como o artista gráfico estabelece um discurso visual próprio, e entender como ele ajuda a construir um imaginário do Brasil naquele período, especificamente entre as décadas de 1950 e 1970. Além disso, viso validar a qualidade gráfica e visual desta produção a partir de leituras de imagem, interpretando-a a partir do viés das Histórias da Arte e da Cultura.

This research has the purpose of understanding the path of Nelson Jungbluth (1921 - 2008), born in Taquara/RS, as an advertisement illustrator and graphic designer at Viação Aérea Rio-Grandense (Varig), in which he worked for 35 years as an Art Director. In this period, he redesigned the company's visual identity, creating the iconic Compass Rose, and even produced, among other material, a significant number of illustrations used both for advertising posters and calendars that served as giveaways for clients and Varig's business partners. Through gathering and organizing biographic data and part of the material produced by Jungbluth in this context, this research tries to show how he has helped to build an image of Brazil in that period, specifically between the decades of 1950 and 1970. Besides that, it aims to validate the graphic and visual quality of this production by doing image analysis, interpreting it from the point of view of Art and Cultural Histories.