A Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser na história do estudo estatístico do Rio Grande do Sul

Abstract

A utilização de dados estatísticos para compreender as reais necessidades da população não é um caso recente, já que é de interesse dos tomadores de decisões saber corretamente onde se deve investir. No caso das políticas públicas, pesquisas socioeconômicas com dados sobre a população e a economia de uma nação auxiliam os governantes na gestão das finanças. No Rio Grande do Sul existem pesquisas que remotam o século XVIII, ainda na Capitania do Rio Grande de São Pedro, informando dados sobre a colheita, os habitantes livres e escravos. Com o passar das décadas e as alterações na conjuntura econômica, criou-se a Fundação de Economia e Estatística (FEE). Dentro do setor de pesquisas socioeconômicas este foi o órgão que permaneceu ativo por mais tempo no estado. Porém, durante a gestão de José Ivo Sartori houve a extinção de diversas instituições públicas, com a justificativa inicial de corte de gastos, tendo em vista a volumosa dívida que o estado possuía. Diante disso, o presente trabalho tem o objetivo de compreender a trajetória da FEE dentro da história do estudo estatístico no estado, apresentado o que foi a instituição, as principais publicações e parcerias, as contradições de sua extinção e como se dá a continuidade de seus trabalhos nos dias de hoje. Para isso serão utilizados quadros demonstrativos, relatos de ex-funcionários, material disponibilizado pela FEE, artigos e matérias publicadas na época de sua extinção.

The use of statistical data to understand the real needs of a community is not a recent case, since it is of interest of decision-makers to know correctly where to invest. In the case of public policies, socioeconomic surveys with data on the population and economy of a nation assist the rulers in the management of finance. In Rio Grande do Sul there are researches that remote to the eighteenth century, still in the Captaincy of Rio Grande de São Pedro, reporting data on the harvest, free and slaves inhabitants. In the course of the decades and the changes in economic conjuncture, the Foundation of Economy and Statistics (FEE) was created. Within the area of socioeconomic research, this was the organ that remained active for the longest time in the state. However, during the management of José Ivo Sartori there was a proposal for the extinction of several public institutions, with the initial justificative of cutting expenses, given the massive debt that the state had. In view of this, the present work has the objective of understanding the trajectory of the FEE within the history of the statistical study in the state, presenting what was the institution, the main publications and partnerships, the contradictions of its extinction and how the continuity of its work happens today. For this purpose will be used demonstration tables, narratives of ex-employees, material provided by FEE, articles and materials published at the time of its extinction.