Mbya Guarani e a paisagem florestal como ambiente educativo
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A partir do convívio em duas comunidades Mbya Guarani, sendo uma delas a Tekoá Kuaray Rese, Aldeia Sol Nascente, em Osório-RS, e a outra Tekoá Guyrai Nhendu, Aldeia Som dos Pássaros, em Maquiné-RS, este trabalho de Conclusão de Curso trata do cotidiano destas comunidades e a perspectiva de uma educação que é intrínseca a esse tempo. A espiritualidade, a memória e a relação das pessoas com as plantas são alguns elementos definidores da educação indígena, ressoando na percepção que os guarani têm ...
A partir do convívio em duas comunidades Mbya Guarani, sendo uma delas a Tekoá Kuaray Rese, Aldeia Sol Nascente, em Osório-RS, e a outra Tekoá Guyrai Nhendu, Aldeia Som dos Pássaros, em Maquiné-RS, este trabalho de Conclusão de Curso trata do cotidiano destas comunidades e a perspectiva de uma educação que é intrínseca a esse tempo. A espiritualidade, a memória e a relação das pessoas com as plantas são alguns elementos definidores da educação indígena, ressoando na percepção que os guarani têm sobre a instituição escolar. Desde a chegada do colonizador, os povos tradicionais vêm sendo educados, sempre na tentativa de incluí-los no modo de pensar hegemônico e institucional do ocidente. Esta pesquisa buscou refletir, através de conversas com lideranças indígenas, de que modo, nos últimos anos, empoderados de pensamento crítico e valorizando seu modo de educação, buscaram aproveitar o espaço da escola para o fortalecimento de sua cultura ancestral. O reconhecimento das plantas nativas e seus diversos usos objetivos ou simbólicos, pelas comunidades Mbya Guarani, são essenciais para manutenção e afirmação da cultura. Com as demarcações de terra, que limitam o caminhar guarani, e com a descaracterização florestal que as matas vêm sofrendo, a agroecologia pode ser usada como estratégia de resgate e manutenção cultural. O cultivo em viveiro e plantio de árvores nativas surgem como meio de recomposição da paisagem guarani, além de ser um espaço vivo do compartilhamento de saberes tradicionais. A partir disso e transformando a lógica do ensino escolar, considera-se que o pensamento sistêmico em harmonia com a natureza, deveria ser tido como lição às pessoas não indígenas na busca de uma mudança de paradigmas socioambientais. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Licenciatura.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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