Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul
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Data
2018Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Introdução: A Fibrose Cística (FC) é uma doença monogênica, autossômica recessiva. É causada por mutações no gene CFTR, responsável por codificar a proteína CFTR, localizada principalmente na membrana apical de células epiteliais de diversos órgãos. As consequências da disfunção da proteína geralmente começam antes do nascimento do indivíduo com FC. As alterações do sistema gastrointestinal, do pâncreas e do sistema respiratório estão entre as primeiras manifestações clínicas. O objetivo deste ...
Introdução: A Fibrose Cística (FC) é uma doença monogênica, autossômica recessiva. É causada por mutações no gene CFTR, responsável por codificar a proteína CFTR, localizada principalmente na membrana apical de células epiteliais de diversos órgãos. As consequências da disfunção da proteína geralmente começam antes do nascimento do indivíduo com FC. As alterações do sistema gastrointestinal, do pâncreas e do sistema respiratório estão entre as primeiras manifestações clínicas. O objetivo deste trabalho foi descrever as características clínicas, genotípicas e laboratoriais mais frequentes em pacientes fibrocísticos do RS até o momento da primeira consulta. Metodologia: Estudo transversal e descritivo dos recém-nascidos diagnosticados com FC, triados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul (SRTN/RS), no período de 2012 à 2018, submetidos ao estudo molecular. Resultados: Entre os 61 pacientes incluídos neste estudo, 20% possuíam baixo peso ao nascimento e somente 9,8% eram assintomáticos na primeira consulta. Entre as manifestações clínicas mais frequentes, observou-se esteatorreia (31,1%) e tosse (29,5%). Íleo meconial manifestou-se em 24,6% dos recém-nascidos. O tripsinogênio imunorreativo (TIR) apresentou valores significativamente mais baixos em recém-nascidos com histórico de íleo meconial, e significativamente mais elevados em pacientes que possuíam a mutação p.Phe508del. Essa mutação foi observada em 66,7% do total de alelos estudados nos recém-nascidos fibrocísticos. Conclusão: A interpretação da relação genótipo-fenótipo ainda é um desafio, pois a análise genética isolada não é suficiente para predizer a gravidade da FC. A grande heterogeneidade fenotípica pode ser explicada devido a ação de influências ambientais e genes modificadores. Mais estudos devem ser realizados para o melhor entendimento do efeito do genótipo sobre o início e a evolução das manifestações clínicas do indivíduo com FC. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
Coleções
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TCC Farmácia (705)
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