Psicose 4:48 : a escrita de si e o CSO em Sarah Kane
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Data
2017Tipo
Resumo
Sarah Kane, dramaturga da cena inglesa contemporânea, escreve sua última peça, Psicose 4:48 (2000), enquanto estava internada em um hospital psiquiátrico. O texto é permeado de memórias fragmentárias e inconstantes, e também a dimensão do tempo está desconstruída: não há noção de passado e presente, separação entre eu e outro. Um novo estado de expressão e percepção é experimentado em uma escrita distante da estrutura tradicional de enredo, uma vez que é híbrida, por condensar poema dramático e ...
Sarah Kane, dramaturga da cena inglesa contemporânea, escreve sua última peça, Psicose 4:48 (2000), enquanto estava internada em um hospital psiquiátrico. O texto é permeado de memórias fragmentárias e inconstantes, e também a dimensão do tempo está desconstruída: não há noção de passado e presente, separação entre eu e outro. Um novo estado de expressão e percepção é experimentado em uma escrita distante da estrutura tradicional de enredo, uma vez que é híbrida, por condensar poema dramático e narrativo. A fragmentação da personagem é esteticamente alcançada pela utilização de alguns recursos: técnicas de fluxo de consciência, narrativa não linear, não especificação das personagens e do cenário, distorção do senso de realidade e falta de harmonia entre afetividade e pensamento. A análise é pautada em uma Estética do Silêncio (Susan Sontag), e os vãos e a cisão da personagem transmitem uma busca por um Corpo sem Órgãos (Deleuze e Guattari) e por um Corpo-Gênese (Kunnich Uno), que se apresentam em texto enquanto Performance e Percepção (Paul Zumthor). E sobre este corpo o texto segue. ...
Contido em
Entrelaces : Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFC. 2017. Vol. 1, n. 9 (jan./jun, 2017), p. 205-216
Origem
Nacional
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