¿A quiénes se les privan las aguas en Suramérica? : ecología política e hidroterritorios en interlocución con los Mbya-guarani en el sur de Brasil
Visualizar/abrir
Data
2020Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumen
La historia del despojo colonial continúa reproduciéndose en diversos rincones de Suramérica. Mientras el consumo y la demanda por agua crecen, la violencia contra los pueblos originarios y la sobreexplotación de los bienes terrestres e hídricos se entrelazan como bases para la acumulación del capital. Así, la sobreexplotación de los ecosistemas - en escala e intensidad - se agudizan, violentando a las múltiples naturalezas que componen esta región. Entendiendo que la Ecología Política estudia ...
La historia del despojo colonial continúa reproduciéndose en diversos rincones de Suramérica. Mientras el consumo y la demanda por agua crecen, la violencia contra los pueblos originarios y la sobreexplotación de los bienes terrestres e hídricos se entrelazan como bases para la acumulación del capital. Así, la sobreexplotación de los ecosistemas - en escala e intensidad - se agudizan, violentando a las múltiples naturalezas que componen esta región. Entendiendo que la Ecología Política estudia a la naturaleza como un fenómeno híbrido; esto es, como algo simultáneamente social, cultural, político y ecológico, el presente estudio aborda conjuntamente las temáticas hídricas e indígenas a partir de este enfoque. Este abordaje busca problematizar la ontología de las aguas como algo inherente a las diversas relaciones socio-culturales. Los conocimientos oriundos de las ciencias sociales y naturales, junto al sentir-pensar de los Mbya Guarani de la tekoa Pindó Mirim - principales interlocutores de esta investigación - pretenden amalgamar la cuestión indígena e hídrica. El objetivo de este estudio es comprender el rol de las aguas en la (re)construcción de los paisajes suramericanos en conjunto a las memorias vivas de pueblos indígenas, enfatizando la interrelación y los procesos socioambientales vividos por los Mbya-Guarani presentes en el sur de Brasil. Fragmentos de la historia socioambiental de la Amazonia, Mata Atlántica, Pantanal y de la Cordillera de los Andes son construidos a partir de la importancia que tienen las aguas en la continua (re)configuración de los paisajes que le dan vida a este gran hidroterritorio. Mediante la observación participante y en base a relaciones dialógicas, se buscó estudiar la interrelación entre los Mbya-Guarani y el hidroterritorio de Itapuã, considerando la historia, las memorias y sus modos de vida. Las contribuciones oriundas de cosmovisiones indígenas en torno a las aguas y como estas han permeado (o no) los espacios sociopolíticos en Suramérica también son analizadas. Los resultados indican que en el sur de Brasil - así como en toda Suramérica - la presencia y la ausencia de las aguas configuran los paisajes y con ello las vidas de sus habitantes. El modo de ser Mbya-Guarani envuelve una relación de respeto y conexión con la tierra, con las aguas y con todos los seres que allí habitan. Los hidroterritorios pasan a ser un concepto en donde las condiciones geológicas, físicas, biológicas y químicas son inseparables del ser, de la cultura, de las relaciones sociales y naturales que controlan el acceso y la distribución de las aguas. Aguas que, además de ser fuente de vidas, son también fuente de disputas. Una disputa que nos habla de que la privatización de las aguas no es tan sólo un tema normativo, de acceso y de concentración de poder; sino también, de violencia estructural y cultural. Al costurar las voces de los interlocutores de este estudio con bibliografías indígenas y no indígenas se vislumbran nuevas posibilidades entorno al debate hídrico, territorial, ecológico y político. Voces y escritos que alzan la voz frente al colapso y a la emergencia socioambiental en que nos encontramos, la cual no es ninguna novedad para los pueblos originarios. Reflexiones y memorias que, junto a la importancia de las aguas, proponen alternativas - en el campo de la política y de las ciencias - para descolonizar nuestros presentes e imaginarios. ...
Resumo
A história da usurpação colonial continua se reproduzindo na América do Sul. Enquanto o consumo e a demanda por água crescem, a violência contra os povos originários e a sobre-exploração dos bens terrestres e hídricos se entrelaçam como bases para a acumulação de capital. Assim, a sobre-exploração dos ecossistemas - em escala e em intensidade - acentuam-se, violentando as múltiplas naturezas que compõem essa região. Entendendo que a Ecologia Política estuda a natureza como um fenômeno híbrido, ...
A história da usurpação colonial continua se reproduzindo na América do Sul. Enquanto o consumo e a demanda por água crescem, a violência contra os povos originários e a sobre-exploração dos bens terrestres e hídricos se entrelaçam como bases para a acumulação de capital. Assim, a sobre-exploração dos ecossistemas - em escala e em intensidade - acentuam-se, violentando as múltiplas naturezas que compõem essa região. Entendendo que a Ecologia Política estuda a natureza como um fenômeno híbrido, isto é, como algo simultaneamente social, cultural, político e ecológico; o presente estudo aborda conjuntamente as temáticas hídricas e indígenas a partir deste enfoque. Tal abordagem busca problematizar a ontologia das águas como algo inerente as diversas relações socioculturais. Os conhecimentos oriundos das ciências sociais e naturais, junto ao sentir-pensar dos Mbya-Guarani da tekoa Pindó Mirim - principais in terlocutores desta investigação - pretendem amalgamar a questão indígena e hídrica. O objetivo deste estudo é compreender o papel das águas na (re)construção das paisagens sul-americanas em conjunto às memórias vivas dos povos indígenas, enfatizando a interrelação e os processos socioambientais vividos pelos Mbya-Guarani presentes no Sul do Brasil. Fragmentos da história socioambiental da Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal e da Cordilheira dos Andes, são construídos a partir da importância que têm as águas na contínua (re)configuração das paisagens que dão vida a este grande hidroterritório. Mediante a observação participante e em base a re lações dialógicas se buscou estudar a interrelação entre os Mbya-Guarani e o hidroterritório de Itapuã, considerando a história, as memórias e seus modos de vida. As contribuições oriundas das cosmovisões indígenas em torno das águas e como estas têm permeado (ou não) os espaços sociopolíticos na América do Sul são também analisadas. Os resultados obtidos indicam que, no Sul do Brasil - assim como em todo território sul-americano - a presença e a ausência das águas configuram as paisagens e com elas a vida de seus habitantes. O modo de ser Mbya Guarani envolve uma relação de respeito e de conexão com a terra, com as águas e com todos os seres que ali habitam. Os hidroterritórios passam a ser, então, um conceito onde as condições geológicas, físicas, biológicas e químicas são inseparáveis do ser, da cultura, das relações soci ais e naturais que controlam o acesso e a distribuição das águas. Águas que, além de ser fonte de vidas, são também fonte de disputas. Uma disputa que evidencia que a privatização das águas não é apenas uma questão normativa, de acesso ou de concentração de poder; mas também de violência estrutural e cultural. Ao costurar as vozes dos interlocutores deste estudo com litera turas indígenas e não indígenas se vislumbram novas possibilidades entorno ao debate hídrico, territorial, ecológico e político. Vozes e escritos que denunciam o colapso e a emergência socioambiental em que nos encontramos, e que não constituem nenhuma novidade para os po vos originários. Reflexões e memórias que, junto a importância das águas, propõem alternativas - no campo da política e das ciências - para descolonizar nossos presentes e imaginários. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural.
Coleções
-
Multidisciplinar (2574)Desenvolvimento Rural (539)
Este item está licenciado na Creative Commons License