Estimativa da incidência de complicações vasculares em pacientes submetidos a procedimentos cardiológicos percutâneos : coorte prospectiva (resultados preliminares)
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Data
2020Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Fundamentação: A despeito dos avanços da cardiologia intervencionista, as complicações pós procedimentos cardiológicos percutâneos permanecem frequentes. As complicações vasculares são as mais recorrentes, mas é possível predizer o risco por meio de escores. Protocolos de prevenção e manejo de complicações vasculares que contemplem medidas e cuidados adicionais para pacientes com risco elevado para desenvolver complicações são indispensáveis para o processo de trabalho do enfermeiro em Unidade ...
Fundamentação: A despeito dos avanços da cardiologia intervencionista, as complicações pós procedimentos cardiológicos percutâneos permanecem frequentes. As complicações vasculares são as mais recorrentes, mas é possível predizer o risco por meio de escores. Protocolos de prevenção e manejo de complicações vasculares que contemplem medidas e cuidados adicionais para pacientes com risco elevado para desenvolver complicações são indispensáveis para o processo de trabalho do enfermeiro em Unidade de Hemodinâmica. Objetivos: avaliar a estimativa de incidência de complicações vasculares em pacientes submetidos a procedimentos cardiológicos percutâneos, após a implementação do protocolo de prevenção e manejo de complicações vasculares; identificar e descrever as complicações vasculares; descrever e associar o perfil sociodemográfico, clínico e os aspectos relacionados ao procedimento; a frequência de verificação do local de acesso vascular, dos sinais vitais, de prescrição do diagnóstico de enfermagem Risco de sangramento, após a retirada do introdutor valvulado dos pacientes com baixo e elevado risco de desenvolver complicações vasculares. Método: Estudo de coorte prospectiva realizado na Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre janeiro e abril de 2020. A população em estudo foi constituída por pacientes ambulatoriais e internados que realizaram, eletivamente, cateterismo cardíaco diagnóstico e/ou terapêutico, através de acesso arterial radial ou femoral, com recuperação pós-procedimento na Unidade de Hemodinâmica. Os dados sociodemográficos, clínicos e relacionados aos procedimentos foram coletados por meio de ficha clínica e do prontuário eletrônico dos pacientes. As complicações vasculares foram avaliadas pelo Vascor-Score, sendo a pontuação <3, baixo risco e ≥3, elevado risco. Conforme o protocolo, os pacientes com risco elevado deveriam ter o Diagnóstico de Enfermagem Risco de sangramento e ter o local de punção e os sinais vistais verificados de hora em hora, por três horas. Resultados preliminares: Dos 640 pacientes previstos, foram incluídos 132 com idade média de 64±10 anos, predominantemente do sexo feminino (51,5%), cor branca (70,5%), com hipertensão arterial sistêmica (88,6%), dislipidemia (72,7%), mediana do índice de massa corporal de 28 (17-48), que realizaram cateterismo cardíaco diagnóstico (77,3%), por via radial (67,4%), com introdutor valvulado 6French (93,2%). A estratificação de baixo risco (Escore <3) foi evidenciado em 60 (45,5%) pacientes e de elevado risco (Escore ≥3) em 72 (54,5%) pacientes. Observaram-se cinco (3,8%) complicações vasculares (sangramento e hematoma menores), com IC95% (1,2-8,8%). Na associação com Vascor-Score, a inspeção do local de punção pós-procedimento foi maior no grupo de elevado risco (3,3% Vascor-Score<3 vs 45,8% Vascor-Score≥3; P=<0,01), o número de verificações dos sinais vitais não foi diferente entre os grupos (3,95±0,56 Vascor- Score<3 vs 4,03±0,82Vascor-Score≥3; P=0,53), as complicações vasculares foram mais frequentes no grupo de risco elevado, embora não significativo (1,7% Vascor- Score <3 vs 5,6% Vascor-Score≥3; P=0,37) e o diagnóstico de enfermagem Risco de sangramento foi mais prescrito para os pacientes de risco elevado (2,4±0,84 Vascor-Score<3 vs 3,17±1,08 Vascor-Score≥3; P=<0,01). Conclusões preliminares: A estimativa de incidência de complicações vasculares foi menor que a taxa prévia à implementação do protocolo da unidade. Os pacientes com elevado risco para complicações vasculares eram mais hipertensos, dislipidêmicos e receberam mais cuidados adicionais (prescrição do Diagnóstico de enfermagem Risco de Sangramento e inspeção no local de punção em três horas após o procedimento). ...
Abstract
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
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TCC Enfermagem (1140)
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