Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorTalamini, Edsonpt_BR
dc.contributor.authorFaoro, Daiane Thaise de Oliveirapt_BR
dc.date.accessioned2022-08-17T04:48:16Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/247077pt_BR
dc.description.abstractA busca por um estilo de vida mais saudável vem alterando os hábitos alimentares de parte dos consumidores. Essas mudanças ocorrem, principalmente, pela preocupação com as doenças decorrentes de uma alimentação inapropriada e baseada em alimentos ricos em gorduras, açúcares e ultraprocessados. Diante disso, os profissionais da saúde e da indústria de alimentos vêm propondo estilos alimentares alternativos, como por exemplo: o vegetariano e o cetogênico. Essa gama de alimentação possibilita atingir diferentes perfis de consumidores. Além disso, os aspectos ambientais, nutricionais, residuais e à ausência de resíduos nos alimentos são alguns determinantes que também influenciam no consumo. Esses determinantes podem partir da percepção do consumidor, atrelados as suas crenças individuais. O sistema de crenças começa a ser estabelecido durante nossa infância, por meio dos nossos sentidos, contexto familiar, espaço geográfico, cultura e religião. As crenças podem ser justificadas ou não justificadas pela ciência. As justificadas referem-se ao conhecimento com evidências científicas, enquanto as não justificadas são conhecimentos de senso comum. As crenças influenciam na percepção e no comportamento do consumidor em relação ao alimento que vai consumir, incluindo os orgânicos. O mercado de orgânicos aprsentou um crescimento significativo nos últimos anos, sendo a superioridade nutricional uma das principais justificativas para a escolha desses alimentos. Porém, as crenças de que todos os alimentos orgânicos são superiores nutricionalmente ainda não são justificadas pela ciência. A superioridade vai depender do alimento para o parâmetro nutrional analisado, conforme discutido no capítulo 3 da presente tese. Aliado a isso, as discussões apresentadas no capítulo 4 apontam que os apoiadores extremos de alimentos orgânicos possuíam baixo conhecimento objetivo, refutando a hipótese levantada nesse capítulo de que os apoiadores extremos tinham alto conhecimento objetivo. Lembrando que, por extremistas, entenda-se como o aspecto comportamental derivado dos sistemas de crenças individuias. Inicialmente, esperava-se que esses apoiadores compreendiam os alimentos que defendem, mas os resultados apresentados nessa tese apontam que o consumo de alimentos orgânicos é baseado em crenças sem evidências científicas. Vale ressaltar que a ciência possui um importante papel em evidenciar os resultados e, por serem temporais, esses resultados podem ser refutados, pois a ciência está sujeita a vieses que podem manipular os resultados. Como a crença não é estática, pode sofrer alterações, influenciando a mudança de comportamento alimentar do consumidor, mas essa mudança vai depender do que o consumidor decide acredita ser mais vantajoso para si. Como consequência, se o consumidor optar por outros alimentos para o consumo, o mercado de orgânicos precisará demonstrar novos motivos para que o consumidor continue acreditando que vale a pena pagar mais para consumi-los, já que as alegações de suas vantagens nutricionais e residuais não se sustentam. Ressalta-se que o cultivo de alimentos orgânicos é um importante nicho, mas não se pode generalizar sua superioridade. Por fim, os resultados desta tese fornecem evidência científica para avaliar as crenças dos consumidores em relação ao apoio extremo aos alimentos orgânicos, confirmando a hipótese de que o crescimento desse mercado foi induzido mais por crenças não justificadas pela ciência do que por evidências científicas.pt_BR
dc.description.abstractSociety has been shifting its own eating habits in search of a healthier lifestyle. This happens due to the concern with diseases resulting from an inappropriate diet, which is based on foods rich in fats, sugars and ultra-processed foods. Owing to this fact, health professionals and the food industry have been proposing alternative food styles, such as vegan, vegetarian and ketogenic ones. This range of food makes it feasibly possible to reach different consumer profiles. In addition to this, there are some determinants which consumers take into account for their consumption, which are mainly related to environmental, nutritional, residual aspects and the absence of residues in food. These determinants might come from the consumer's perception, influenced by their individual beliefs. The belief system begins to be established during our childhood, through our sensory senses, family context, geographic space, culture as well as religion. Beliefs may be justified or not justified by science. Justified beliefs refer to knowledge with scientific evidence, while unjustified beliefs are understood as common sense knowledge. Beliefs influence consumer behavior and perception of the food that one is to consume, including organic ones. The organic market has seen significant growth in recent years, but beliefs that all organic foods are nutritionally superior are not justified by science at all. The superiority will depend on the food for the nutritional parameter analyzed, as it is discussed in chapter 3 of this thesis. In addition, the discussions presented in chapter 4 point out that extreme supporters of organic foods had low objective knowledge, refuting the hypothesis raised in this chapter that extreme supporters had high objective knowledge. Initially, these supporters were expected to understand the foods they defend, but the results presented in this thesis indicate that the consumption of organic foods is based on beliefs without plain scientific evidence. It is worth mentioning that science plays an important role in highlighting the results and, as they are temporary, these results may be refuted, as science is subject to biases that can manipulate the results. As the belief is not static, it may change, which might influence the change in the consumer's eating behavior, but this shift will mainly depend on what the consumer decides to believe is most advantageous for him or her. As a result, if the consumer chooses other foods for consumption, the organic market will need to demonstrate new reasons for the consumer to continue to believe that it is worth paying more to consume them, since the claims of their nutritional and residual advantages do not sustain themselves. It is noteworthy to say herein that the cultivation of organic food is an important niche, but its superiority should not be generalized. Finally, the results of this thesis provide scientific evidence to assess consumer beliefs regarding extreme support for organic foods, confirming the hypothesis that the growth of this market was induced more according to the shallow beliefs, which have been justified not by science but by non-scientific evidence.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAgronegóciopt_BR
dc.subjectFooden
dc.subjectHábito alimentarpt_BR
dc.subjectAgribusinessen
dc.subjectAgricultura orgânicapt_BR
dc.subjectJustified and unjustified beliefsen
dc.subjectknowledgeen
dc.subjectEating behavioren
dc.subjectOrganicsen
dc.subjectScienceen
dc.titleAs crenças e suas influências no consumo de alimentos orgânicospt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coBorges, João Augusto Rossipt_BR
dc.identifier.nrb001146548pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentCentro de Estudos e Pesquisas em Agronegóciospt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Agronegóciospt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples