A cultura da revista Rolling Stone : um estudo dos critérios de noticiabilidade e das estratégias narrativas

Abstract

Esta monografia discute a apropriação da cultura pelo jornalismo praticado pela revista Rolling Stone, cuja versão brasileira circula desde outubro de 2006. É uma pesquisa de viés qualitativo e exploratório, sua metodologia envolve pesquisa bibliográfica sobre cultura, jornalismo cultural, valores-notícia e Novo Jornalismo, e análise narrativa. Estuda a história da matriz norte-americana, contemplando suas transformações ao longo do tempo, de periódico underground a publicação estabelecida no mainstream. A amostra é constituída por dezoito reportagens, selecionadas em seis edições da Rolling Stone, num total de 124 páginas. A análise foi conduzida com a descrição individual de cada uma das matérias, seguida de sua interpretação, narrativa e editorial, a partir de critérios construídos no referencial teórico. A revista se apresenta como herdeira do estilo do Novo Jornalismo, tendo como característica predominante a narração cena a cena e o uso de diálogos. Suas matérias se dividem em pautas culturais e políticas, sendo construídas como perfis de celebridades e reportagens investigativas. Percebe-se a consagração dos nomes hegemônicos da indústria fonográfica e do mercado cultural.

This final paper discusses the appropriation of culture by the journalism being practiced by Rolling Stone magazine, which Brazilian version runs from October 2006. It is a survey of descriptive and exploratory bias. Its methodology involves literature research of culture, cultural journalism, news values and New Journalism, narrative analysis. Studying the history of the American head office, considering their transformations over time, from the underground periodical to a publication established in the mainstream. The sample consists of eighteen articles, selected in six editions of Rolling Stone, a total of 124 pages. The analysis was conducted with a description of each one of the subjects, followed by their interpretation, narrative and editorial, from criteria built on the theoretical basis. The magazine presents itself as heir of the style of New Journalism, with the predominant feature being the narration scene to scene and the use of dialogues. His subjects are divided into cultural and political agendas, being constructed as profiles of celebrities and investigative reportages. We find the consecration of the names of the hegemonic recording industry and market culture.