A Educação de Jovens e Adultos (EJA) : histórias, contextos e docência em sociologia

Abstract

Esse trabalho de conclusão inserido no curso de Licenciatura em Ciências Sociais busca refletir sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, trazendo um relato de experiência de estágio docente na disciplina de sociologia. A história da EJA como ferramenta política educacional no estado brasileiro é repleta de disputas e olhares procuro relatar, colocando-os em articulação com uma prática docente que pude vivenciar junto a turma 101 da EJA da Escola Anne Frank, em Porto Alegre. Percebida como uma modalidade acolhedora de egressos do “ensino normal” a EJA pode ser entendida como um espaço marcado pela presença dos alunos que “não deram certo” em suas trajetórias educacionais. Esse trabalho busca uma perspectiva inversa: perceber a EJA como uma modalidade de ensino potente no qual se pode aprender e ensinar sociologia levando em conta as particularidades dos seus alunos e alunas. Por fim, demonstro como as questões curriculares e de (auto) avaliação são de importantes discursões sobre a EJA, e sobre a participação da sociologia como componente disciplinar.

This work inserted in the Degree in Social Sciences seeks to reflect on Educação de Jovens e Adultos (EJA) in Brazil, bringing an experience report of teaching internship in the discipline of sociology. The history of EJA as an educational policy tool in the Brazilian state is full of disputes and perspectives I try to report, putting them in articulation with a teaching practice that I was able to experience with class 101 of EJA at Anne Frank School, in Porto Alegre. Perceived as a welcoming modality for graduates of “normal education”, EJA can be understood as a space marked by the presence of students who “did not work out” in their educational trajectories. This work seeks an inverse perspective: to perceive EJA as a powerful teaching modality in which sociology can be learned and taught, taking into account the particularities of its students. Finally, I demonstrate how curricular and (self) evaluation issues are of important discussion on EJA, and on the participation of sociology as a disciplinary component.