Aprendendo a ser menino e menina : a construção de identidades emergentes em uma turma de jardim nível B

Abstract

O presente estudo pretende compreender como a cultura visual, os artefatos e as pedagogias culturais corroboram na construção de modos de ser menino e menina em um grupo de crianças de 5 e 6 anos. A investigação ocorreu em uma turma de jardim B de uma Escola de Educação Infantil da rede municipal de Porto Alegre, situada na periferia da cidade. A pesquisa, de caráter qualitativo, caracteriza-se como um estudo de caso. Como ferramentas de geração de dados foram realizadas entrevistas conversadas, observações do cotidiano escolar e gravações. Para discutir minhas reflexões a cerca do tema valho-me das abordagens de Stuart Hall, Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro, Fernando Hernández, Shirley Steinberg, Susana Rangel Vieira da Cunha, entre outros autores reconhecidos pelas relevantes publicações na área dos Estudos Culturais. As análises empreendidas apontam que as identidades infantis são múltiplas, singulares, complexas e mutáveis. Em uma concepção pós-estruturalista, entende-se aqui a linguagem como constituidora de identidade(s) e as imagens como uma forma de linguagem muito presente na contemporaneidade, enfatizando que os espaços escolares precisam estar atentos a isto.