A psicopatologia na era biológica : da exclusão da subjetividade à racionalização empresarial do desejo
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Data
2022Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
A proposta do trabalho é discutir, a partir dos campos da psicanálise e da psicologia social, as articulações entre a cultura contemporânea e os nossos modos de compreender e tratar o sofrimento psíquico. Partimos da história da psiquiatria moderna para situar o estabelecimento de uma concepção específica de psicopatologia, mais descritiva e alegadamente ateórica, mas que vem importada de uma matriz biomédica. A partir da difusão dessa abordagem na cultura, vemos ressoar discursos individualiza ...
A proposta do trabalho é discutir, a partir dos campos da psicanálise e da psicologia social, as articulações entre a cultura contemporânea e os nossos modos de compreender e tratar o sofrimento psíquico. Partimos da história da psiquiatria moderna para situar o estabelecimento de uma concepção específica de psicopatologia, mais descritiva e alegadamente ateórica, mas que vem importada de uma matriz biomédica. A partir da difusão dessa abordagem na cultura, vemos ressoar discursos individualizantes e despolitizantes acerca do sofrimento psíquico que, por sua vez, servem bem à razão neoliberal. Esses discursos privilegiam uma avaliação do indivíduo em suas características orgânicas, sobretudo genéticas e neuroquímicas, em detrimento das dinâmicas psicossociais e históricas, implicadas tanto na produção de sofrimento psíquico, quanto na demarcação das fronteiras entre saúde e doença. Conclui-se com a avaliação de que uma psicopatologia crítica se faz profundamente necessária, bem como modos de fazer ciência que levem em consideração a complexidade dos sujeitos, seus contextos e modos de viver, sem deixar de lado as implicações ético-políticas do saber. ...
Resumen
La propuesta del trabajo es discutir, desde los campos del psicoanálisis y la psicología social, las articulaciones entre la cultura contemporánea y nuestras formas de comprender y tratar el sufrimiento psíquico. Partimos de la historia de la psiquiatría moderna para situar el establecimiento de una concepción específica de la psicopatología, más descriptiva y pretendidamente ateórica, pero importada de una matriz biomédica. A partir de la difusión de este enfoque en la cultura, vemos resonar d ...
La propuesta del trabajo es discutir, desde los campos del psicoanálisis y la psicología social, las articulaciones entre la cultura contemporánea y nuestras formas de comprender y tratar el sufrimiento psíquico. Partimos de la historia de la psiquiatría moderna para situar el establecimiento de una concepción específica de la psicopatología, más descriptiva y pretendidamente ateórica, pero importada de una matriz biomédica. A partir de la difusión de este enfoque en la cultura, vemos resonar discursos individualizantes y despolitizadores sobre el sufrimiento psíquico que, a su vez, le sirven bien a la razón neoliberal. Estos discursos privilegian una valoración del individuo en términos de sus características orgánicas, especialmente genéticas y neuroquímicas, en detrimento de las dinámicas psicosociales e históricas, involucradas tanto en la producción del sufrimiento psíquico como en la demarcación de los límites entre la salud y la enfermedad. Concluye con la valoración de que es profundamente necesaria una psicopatología crítica, así como formas de hacer ciencia que tengan en cuenta la complejidad de los sujetos, sus contextos y formas de vivir, sin dejar de lado las implicaciones ético-políticas del saber ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Psicologia.
Coleções
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TCC Psicologia (447)
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