A escuta em psicanálise : abstinência e neutralidade em questão
Visualizar/abrir
Data
2021Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A escuta em psicanálise subsidia-se em alguns conceitos fundamentais de operação clínica a partir do manejo da transferência. Dois desses conceitos são o de abstinência e neutralidade, os quais ainda protagonizam, por vezes, alguns equívocos e confusões. Neste trabalho é realizado um percurso teórico com o objetivo de sustentar a ideia de que a abstinência não corresponde a uma postura de passividade e de que a neutralidade não corresponde a uma postura de isenção ou desimplicação por parte do ...
A escuta em psicanálise subsidia-se em alguns conceitos fundamentais de operação clínica a partir do manejo da transferência. Dois desses conceitos são o de abstinência e neutralidade, os quais ainda protagonizam, por vezes, alguns equívocos e confusões. Neste trabalho é realizado um percurso teórico com o objetivo de sustentar a ideia de que a abstinência não corresponde a uma postura de passividade e de que a neutralidade não corresponde a uma postura de isenção ou desimplicação por parte do psicanalista. Dessa forma, a reverberação de tais conceitos na prática analítica pode sim pautar-se em uma clínica sensível e em uma escuta atenta às vicissitudes do campo político e social nos sofrimentos e manifestações sintomáticas contemporâneas. Isso porque, além de subsídios para pensar a prática clínica, a abstinência e a neutralidade configuram-se também como conceitos políticos, marcando a importância do psicanalista se atentar aos movimentos contratransferenciais que possam, porventura, reverberar nas intervenções realizadas. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Psicologia.
Coleções
-
TCC Psicologia (438)
Este item está licenciado na Creative Commons License