Múltiplas realidades no mundo das lutas : mulheres no combate
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Data
2021Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Este trabalho teve como objetivo compreender os significados da prática de artes marciais para mulheres de diferentes idades em uma academia da cidade de Porto Alegre/RS. O estudo aqui apresentado pertence à vertente metodológica qualitativa, onde foram realizadas observações de distintas aulas de lutas e registro em diários de campo. Também houve entrevistas remotas com 5 mulheres praticantes de Muay Thai e Jiu Jitsu. A escolha da academia para a realização desta investigação, foi feita devido ...
Este trabalho teve como objetivo compreender os significados da prática de artes marciais para mulheres de diferentes idades em uma academia da cidade de Porto Alegre/RS. O estudo aqui apresentado pertence à vertente metodológica qualitativa, onde foram realizadas observações de distintas aulas de lutas e registro em diários de campo. Também houve entrevistas remotas com 5 mulheres praticantes de Muay Thai e Jiu Jitsu. A escolha da academia para a realização desta investigação, foi feita devido à minha prática de estágio não obrigatório na unidade e a consequente facilidade de aceso a informações e pessoas envolvidas nas práticas de lutas. Além desse aspecto, destaco a variedade de diferentes lutas ofertadas pela academia e o consistente número de mulheres praticantes, principalmente nas aulas de Muay Thai. Minhas entrevistadas discorreram a partir de suas falas os fatores que as levaram a se inserirem nas lutas e se manterem, assim como das dificuldades por elas enfrentadas ao praticarem suas respectivas lutas. As análises indicam que as principais motivações para prática de lutas por mulheres englobam: o lazer; a saúde; o desopilar, desestressar; a manutenção do peso corporal; o condicionamento físico. Em relação às dificuldades, chamaram a atenção o preconceito inerente ao adentrar um ambiente majoritariamente masculino; a desvalorização de atletas profissionais que possuem menor exposição e menor rendimento salarial que suas contrapartes homens; a criação de uma imagem masculinizante de seus corpos perante olhares desaprovadores de amigos e familiares; uma imagem violenta e pouco convidativa das lutas para com o corpo feminino; uma baixa motivação, diferenciação e sentimento de exclusão às atividades propostas durante o treino. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Curso de Educação Física: Bacharelado.
Coleções
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TCC Educação Física (1267)
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