Androsporogênese, androgametogênese e desenvolvimento do androsporângio de Ilex paraguariensis St. Hil. (Aquifoliaceae)
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Data
1993Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
O trabalho aqui apresentado descreve, anatomicamente e citologicamente, as transformações ocorridas durante a ontogenia e maturação dos androsporângios, seus estratos parietais, esporogênese, gametogênese de Ilex paraguariensis St.Hil. (Aquifoliaceae) e ontogenia da esporoderme. As flores estaminadas de Ilex paraguariensis são tetraestaminadas. Cada estame compõe-se de uma antera alongada longitudinalmente, com deiscência rimosa, suspensa por um filete que se alonga durante a antese. As anteras ...
O trabalho aqui apresentado descreve, anatomicamente e citologicamente, as transformações ocorridas durante a ontogenia e maturação dos androsporângios, seus estratos parietais, esporogênese, gametogênese de Ilex paraguariensis St.Hil. (Aquifoliaceae) e ontogenia da esporoderme. As flores estaminadas de Ilex paraguariensis são tetraestaminadas. Cada estame compõe-se de uma antera alongada longitudinalmente, com deiscência rimosa, suspensa por um filete que se alonga durante a antese. As anteras são tetrasporangiadas. Os esporângios estão agrupados dois e dois em cada teca. Cada teca é composta de dois grupos de células iniciais, separadas por um septo parenquimático permanente. A ontogenia dos estratos parietais é do tipo dicotiledônea e resulta na formação da epiderme, endotécio, camada média e tapete. As células iniciais do esporângio ainda originam as células do tapete interno. A formação do arquespório é muito tardia e dá-se somente após a diferenciação das células do tapete. A epiderme é formada por células papilosas na deiscência, dotadas de uma parede periclinal externa estriada e de comunicações entre as paredes radiais. O endotécio é geralmente bi ou triestratificado e caracteriza-se pela presença de espessamentos secundários lignificados, em forma de "U" ou ferradura. Estes são importantes na deiscência da antera, que ocorre independentemente em cada esporângio, sem dissolução dos septos. O tapete é poliplóide quando maduro e apresenta mais de um estrato de células no tapete interno. Corpúsculos de Übisch (orbículos) e uma membrana peritapetal recobrem a superfície periclinal interna e a parede periclinal externa, respectivamente, das células do tapete. Na deiscência, persistem apenas a epiderme e o endotécio. O tecido arquesporial é formado por uma massa de células que sofre mitoses para aumento do seu número, antes da meiose. A citocinese meiótica é simultânea e os andrósporos envoltos por calose estão dispostas em formação tetraédrica. Após a dissolução da calose, os andrósporos livres no fluido locular sofrem um aumento de volume mediante vacuolização do citoplasma, o que também acarreta a polarização do núcleo haplóide. A mitose do andrósporo dá origem à célula generativa periférica e a célula vegetativa. A célula vegetativa acumula grãos de amido no seu citoplasma. Antes da antese, estes são metabolizados. A célula generativa é englobada pela vegetativa e, já binucleada, forma com o núcleo vegetativo, a unidade germinativa masculina. Os grãos de pólen são tricolporados, intectados. A estratificação da esporederme compreende a primexina, a exina, subdividida em ectexina e endexina, a medina e a intina. A primexina péctica permanente é importante para a determinação do padrão da exina. A ectexina é derivada de atividade esporofítica e gametofítica enquanto a endexina apenas da atividade gametofítica. A medina péctica tem grande importância fisiológica durante a germinação do tubo polínico e acomodação das mudanças de volume. A intina, a última camada a ser sintetizada e com constituição provavelmente celulósica, é hialina e extremamente delgada. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Ênfase em Botânica: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1354)
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