(Trans)formação! Transição de gênero e formação de um aluno de fisioterapia
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Data
2022Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
INTRODUÇÃO: Os processos de nomeações de identidades de gênero e dos corpos foram convencionados sócio historicamente por um sistema de gênero binário, que exclui sócio institucionalmente todas identidades não-cisheternormativas, dentre elas as trans. A marginalização social histórica das pessoas trans sempre as mantiveram expostas a processos discriminatórios e violentos denominados de transfobias. Trazer aos espaços acadêmicos da saúde problematizações sobre como a reprodução da transbofia re ...
INTRODUÇÃO: Os processos de nomeações de identidades de gênero e dos corpos foram convencionados sócio historicamente por um sistema de gênero binário, que exclui sócio institucionalmente todas identidades não-cisheternormativas, dentre elas as trans. A marginalização social histórica das pessoas trans sempre as mantiveram expostas a processos discriminatórios e violentos denominados de transfobias. Trazer aos espaços acadêmicos da saúde problematizações sobre como a reprodução da transbofia relaciona-se com os conceitos histórico culturais de sexo e gênero é uma maneira de compreender violências e legitimar vivências trans ocorridas nas formações profissionais. Este artigo trata de memórias e registros de escritas da minha trajetória e local de fala enquanto um homem trans, aluno do curso de graduação em fisioterapia em uma universidade pública no sul do Brasil. OBJETIVO: Este artigo tem por objetivo analisar as experiências que marcaram e moldaram as minhas formas de existir e a minha trajetória de (trans)formação acadêmica e pessoal enquanto aluno trans em um curso de fisioterapia. METODOLOGIA: Este é um estudo qualitativo, de cunho auto etnográfico e ancorado em técnicas de registro de cotidianos e memórias, coleta e análise documental. Como procedimento metodológico, foi realizada a coleta e a análise documental do Projeto Pedagógico e de alguns planos de ensino de disciplinas obrigatórias dos ciclos de vida trabalhados no curso, os quais foram costurados às memórias de episódios importantes desta trajetória, a partir de um olhar teórico-reflexivo. Os principais eixos de análise foram as temáticas referentes à construção de identidade de gênero, acadêmica e profissional; as barreiras encontradas nas trajetórias acadêmicas de pessoas trans; e, mais especificamente, os processos institucionais e burocráticos. As bases teóricas utilizadas nesta pesquisa foram dos estudos de gênero, feministas, a teoria queer e o transfeminismo. CONCLUSÃO: As análises documentais costuradas aos registros de memórias apresentaram que houve uma lacuna na abordagem técnica/pedagógica das temáticas de identidade de gênero e sexualidade na minha formação profissional, as quais relacionam-se com algumas das múltiplas situações de transfobia estruturais vivenciadas dentro e fora dos muros universitários e corroboram com processos de estresse e adoecimento de minorias sociais. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Curso de Fisioterapia.
Coleções
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TCC Fisioterapia (134)
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