Impactos do home office na saúde e configuração do trabalho dos servidores da UFRGS

Abstract

Esta dissertação investiga os impactos do home office na saúde e na configuração do trabalho dos servidores e servidoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), motivada pela transição para o trabalho remoto iniciada e impulsionada durante a pandemia da COVID-19. Focando nos técnicos administrativos em educação da UFRGS, o estudo visa compreender como se realiza o trabalho em home office, identificar os impactos desta modalidade de trabalho e investigar os fatores que afetam a saúde de servidores e servidoras nesta modalidade de trabalho. Utilizando uma abordagem qualitativa, os dados foram coletados através de um questionário sociodemográfico e entrevistas semiestruturadas e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicam que a maioria dos servidores e servidoras experimentaram maior flexibilidade e autonomia, contrastando com um aumento em estresse e ansiedade, atribuído à incerteza da pandemia e as pressões em um ambiente isolado. As experiências com o home office variaram, com relatos de melhoria na qualidade de vida para alguns, enquanto outros enfrentaram desafios em manter a produtividade e o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Os resultados mostram a necessidade de suporte organizacional efetivo, incluindo recursos tecnológicos adequados e suporte psicológico para os servidores. Este estudo contribui para uma compreensão mais complexa das implicações do trabalho remoto em instituições de ensino superior com foco nos técnicos administrativos em educação.

This dissertation investigates the impacts of home office on health and work practices among staff at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), prompted by the shift to remote work during the COVID-19 pandemic. Focusing on UFRGS's administrative-technical staff in education, the study aims to explore the execution of home office work among this group, assess its impacts on these employees, and examine factors influencing their health in this work modality. Utilizing a qualitative approach, the research involved collecting data through a sociodemographic questionnaire and semi-structured interviews, which were analyzed using content analysis techniques. Findings reveal that most personnel experienced increased flexibility and autonomy, yet faced heightened stress and anxiety, linked to pandemic uncertainties and pressures in isolated settings. Experiences with home office varied, with some reporting an enhanced quality of life, while others struggled with maintaining productivity and balancing work and personal life. The results underscore the necessity of effective organizational support, including appropriate technological resources and psychological assistance for the staff. This study contributes to a deeper understanding of remote work's implications in higher education institutions, with a focus on administrative-technical staff in education.