Estudos preliminares com microrrizas em Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze.
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Data
1999Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Micorrizas arbusculares associam-se comumente a raízes de plantas herbáceas, árvores tropicais e subtropicais. Associações com raízes do pinheiro brasileiro já foram constatadas. No entanto, os benefícios para a nutrição e crescimento da Araucaria angustifolia, e as espécies de fungos que tipicamente se associam a esta espécie são pouco conhecidos. Também, as técnicas comumente utilizadas para análise de infecção micorrizica não foram ainda ajustadas para a espécie em questão. Este trabalho tem ...
Micorrizas arbusculares associam-se comumente a raízes de plantas herbáceas, árvores tropicais e subtropicais. Associações com raízes do pinheiro brasileiro já foram constatadas. No entanto, os benefícios para a nutrição e crescimento da Araucaria angustifolia, e as espécies de fungos que tipicamente se associam a esta espécie são pouco conhecidos. Também, as técnicas comumente utilizadas para análise de infecção micorrizica não foram ainda ajustadas para a espécie em questão. Este trabalho tem por objetivos: identificar as espécies de fungos micorrizicos que comumente se associam à A. angustifolia, adaptar técnicas de clareamento e coloração de raízes da espécie, visando análise da presença de micorrizas e contribuir para o conhecimento dos efeitos dessa associação sobre o crescimento de plântulas. Para tanto, foram feitas coletas de solo na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, com posterior separação (peneiramento úmido) e identificação dos esporos presentes. Foram identificados um total de 9 espécies de fungos endomicorrízicos, destacando-se o gênero Glomus e as espécie G. geosporum e G. macrocarpum. A partir de raízes coletadas na natureza, foram testadas diferentes técnicas de clareamento e coloração, sendo que a mais apropriada foi a clareamento com KOH 10% em autoclave durante 20 min, imersão em H202 alcalino por 20 min, imersão em HCI 1% por 10 min e coloração com Tripan Blue. Para estudar os efeitos da associação, foram conduzidos dois experimentos preliminares comparando o crescimento de plantas cultivadas em um substrato contendo solo de mata nativa com A. angustifolia e plantas cultivadas no mesmo substrato, porém autoclavado para eliminar a presença de esporos viáveis. Ao final dos mesmos, as raízes dos dois grupos de plantas foram clareadas e coradas, não se verificando nenhuma infecção micorrizica nos dois grupos. Para isto, ao longo do experimento, foram feitas medidas periódicas de altura e finais de massa seca. A partir destas pesagens, foram calculados parâmetros de alocação de biomassa, como razão raiz/parte aérea e razão raiz lateral/principal. Os dois experimentos mostraram que o único efeito consistente da inoculação foi o fato de que raízes crescidas em terra infectada alocaram mais biomassa para as raízes laterais em detrimento da raiz principal. A priorização de raízes laterais possivelmente resultou de algum tipo de sinalização por parte do fungo, com a finalidade de aumentar a superfície radical para colonização. Novos experimentos serão realizados aumentando a concentração de esporos no solo a fim de maximizar os resultados obtidos. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Ênfase em Botânica: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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