"Bricolagem é ter um problema para resolver" : o surrealismo no pensamento selvagem de Claude Lévi-Strauss
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Claude Lévi-Strauss, etnólogo francês, dedicou sua carreira a deglutir a massa de experiências etnográficas e de sua trajetória biográfica. Exilado nos Estados Unidos, insere-se na antropologia pela academia americana. Ao mesmo tempo, conhece André Breton e se aproxima de outros artistas surrealistas exilados. O pensamento formado nesse período fez com que Lévi Strauss se tornasse um expoente da Antropologia francesa. Ele conta com uma obra que relaciona estudos sobre parentesco, função simbóli ...
Claude Lévi-Strauss, etnólogo francês, dedicou sua carreira a deglutir a massa de experiências etnográficas e de sua trajetória biográfica. Exilado nos Estados Unidos, insere-se na antropologia pela academia americana. Ao mesmo tempo, conhece André Breton e se aproxima de outros artistas surrealistas exilados. O pensamento formado nesse período fez com que Lévi Strauss se tornasse um expoente da Antropologia francesa. Ele conta com uma obra que relaciona estudos sobre parentesco, função simbólica, sistemas de classificação, arte e mitologia com influência dos métodos e análises da linguística estrutural. Apesar disso, pouco foi estudado acerca da maneira como o etnólogo justapôs no próprio pensamento, elementos, processos e operações contidas nas práticas artísticas dos surrealistas. Um estudo das aproximações significativas e dos afastamentos diferenciais, do conceito e da técnica de bricolagem contida no Pensamento selvagem de 1962, bem como das redes de contato com os grupos surrealistas, permite que se possa articular a experiência e o pensamento de Claude Lévi Strauss em suas interlocuções, com o seu percurso antropológico profissional. Os contínuos e descontínuos de sua obra, suas mudanças de plano e enfoque em relação a ideia de arte, os problemas e as formas com que foram levantados no Pensamento selvagem, tanto quanto as escolhas e os caminhos tomados, possibilitam pensar, sob outra perspectiva, os processos de construção de seu próprio pensamento. ...
Abstract
Claude Lévi-Strauss, a French ethnologist, dedicated his career to swallowing the mass of ethnographic experiences in the field and in his biographical path. Exiled in the United States, he became part of American academy. At the same time, he lived with surrealists linked to André Breton. The thinking produced during this period led Lévi-Strauss to become an exponent of French anthropology, with a body of work that relate studies on kinship, symbolic function, classification systems, art and m ...
Claude Lévi-Strauss, a French ethnologist, dedicated his career to swallowing the mass of ethnographic experiences in the field and in his biographical path. Exiled in the United States, he became part of American academy. At the same time, he lived with surrealists linked to André Breton. The thinking produced during this period led Lévi-Strauss to become an exponent of French anthropology, with a body of work that relate studies on kinship, symbolic function, classification systems, art and mythology with the influence of structural linguistic methods and analysis. However, little has been studied about how the ethnologist juxtaposed elements, processes and operations contained in the Surrealists’ artistic practices in his own thinking. A study of the significant approximations and differential departures, of the concept and technique of bricolage contained in Wild thought of 1962, as well as the networks of contact with the surrealists, allows us to articulate Claude Lévi-Strauss’ experience and thought in his interlocutions with his professional anthropological career. The continuities and discontinuities of his work, his changes of plan and focus in relation to the idea of art, the problems and ways in which they were raised in Wild thought, as well as the choices and paths taken, make it possible to think about the processes of construction of his own thought from another perspective. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social.
Coleções
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Ciências Humanas (7540)Antropologia Social (476)
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