Otimização do processo de purificação de uma quitinase de Metarhizium anisopliae e produção de anticorpos policlonais

Abstract

O controle biológico é uma alternativa vantajosa em relação ao controle químico, especialmente quanto ao impacto ambiental, custo, especificidade e desenvolvimento de resistência. Entre os organismos utilizados como biocontroladores encontram-se vírus, bactérias, fungos filamentosos e nematoides. Comparados a outros sistemas utilizados em controle biológico, os fungos filamentosos não necessitam ser ingeridos para a colonização do hospedeiro. Entre os fungos, encontramos Metarhizium anisopliae, um entomopatógeno (MELO & AZEVEDO, 1998) e acaricida (FRAZZON et al., 2000) amplamente estudado e utilizado, especialmente no Nordeste brasileiro, onde 60% do controle da cigarrinha da cana-de-açúcar é controlada com formulações a base de seus esporos. Seu sistema de infecção é diferenciado, realizado por pressão mecânica da hifa e secreção de enzimas como proteases, lipases e quitinases. Assim como as proteases, as quitinases desempenham um papel importante na penetração de fungos filamentosos através da cutícula dos hospedeiros. Entretanto, os bioinseticidas tradicionais normalmente apresentam um desempenho menor no controle de insetos-alvo em relação ao uso de inseticidas. Com o objetivo de otimizar a capacidade biocontroladora deste fungo, muitos estudos estão sendo realizados, utilizando-se várias técnicas para o melhoramento genético por metodologias clássicas e mais moderas como a tecnologia do DNA recombinante. Este trabalho, apresenta a purificação de uma quitinase e a produção de anticorpos policlonais, para clonagem e superexpressão da enzima, visando promover uma maior infectividade do fungo M. anisopliae.