Avaliação da analgesia em pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca em unidade de terapia intensiva : resultados preliminares
Visualizar/abrir
Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
INTRODUÇÃO: O manejo da dor pós-operatória de cirurgia cardíaca é uma ferramenta para a prevenção de complicações. A dor afeta aspectos físicos e psicológicos, interferindo no funcionamento dos órgãos e na recuperação do paciente. A analgesia apropriada proporciona a diminuição do tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a redução da morbimortalidade. O uso de protocolos sistematizados pode colaborar positivamente para o controle da dor. Entretanto, os pacientes em pós-operat ...
INTRODUÇÃO: O manejo da dor pós-operatória de cirurgia cardíaca é uma ferramenta para a prevenção de complicações. A dor afeta aspectos físicos e psicológicos, interferindo no funcionamento dos órgãos e na recuperação do paciente. A analgesia apropriada proporciona a diminuição do tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a redução da morbimortalidade. O uso de protocolos sistematizados pode colaborar positivamente para o controle da dor. Entretanto, os pacientes em pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca permanecem relatando suas memórias sobre a dor vivenciada na UTI. OBJETIVO: Avaliar a analgesia em pacientes em PO de cirurgia cardíaca internados em UTI. MÉTODOS: Dados preliminares de um estudo quantitativo, prospectivo com delineamento transversal realizado em uma UTI Cardíaca de um hospital de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram incluídos pacientes adultos em PO de cirurgia cardíaca internados na UTI, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que não apresentaram complicações. A coleta de dados foi realizada por meio da análise de prontuários e da aplicação de um questionário. Os registros de avaliação da dor foram classificados em “conforme" ou “não conforme”, seguindo os padrões pré-estabelecidos pela instituição. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o CAEE 82232524400005327. RESULTADOS: Foram avaliados 25 pacientes, 64% do sexo masculino, com idade média de 62 (±11) anos. O tempo médio de internação na UTI foi de 3,9 (±1,9) dias. Dos 25 pacientes, 84% afirmaram possuir memória da dor pós-operatória e, dentre estes, 80% referiram dor moderada a grave. A dor foi relatada, sobretudo, no 1º (76,1%) dia PO e 61,9% relataram dor em mais de um dia. Os analgésicos morfina, dipirona e paracetamol foram prescritos para 100% da amostra, sendo a dipirona o fármaco administrado com maior frequência (210 vezes). De 75 observações (25 de cada turno), a porcentagem total de registros “conforme” foi de 64%. O turno da manhã obteve conformidade em 80% dos registros, enquanto o turno da noite obteve não conformidade em 56%. A dor foi tratada em 100% das vezes em que foi relatada e foi reavaliada dentro de uma hora em 82%. CONCLUSÃO: Os resultados preliminares evidenciam que a maioria dos pacientes, apesar de receberem a analgesia prescrita, mantém memórias dolorosas do PO. A análise dos registros de enfermagem indica a necessidade de adequações dos protocolos de manejo da dor e reforço das rotinas de cuidados pós-operatórios já implementados na instituição. Ainda são necessárias mais avaliações. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
-
TCC Enfermagem (1345)
Este item está licenciado na Creative Commons License


