Liderança remota : percepções de profissionais 40+

Abstract

Com a crescente disponibilidade de profissionais com 40 ou mais anos de idade como força de trabalho ativa, e o crescimento do trabalho remoto no Brasil, este estudo teve como objetivo avaliar como estes profissionais percebem a liderança em equipes trabalhando remotamente. Para isso, adotou-se uma pesquisa qualitativa, utilizado um questionário compartilhado via redes sociais para captar as percepções e experiências deste grupo etário. Os objetivos específicos incluíram identificar preferências, desafios e vantagens do trabalho remoto, bem como os papéis, habilidades e estilos de liderança percebidos pelos profissionais. Além disso, buscou-se entender se as diferenças de comportamento e experiências entre gerações interferem nos estilos de liderança e no desempenho das equipes. Os conceitos teóricos abordados incluíram a flexibilidade do trabalho remoto, a importância da liderança adaptativa e a diversidade geracional. Os resultados mostraram que há uma preferência pelo trabalho híbrido, percebido como o que melhor proporciona um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os principais desafios verificados foram a instabilidade tecnológica, a dificuldade de separar vida pessoal e profissional, e a falta de interação social. No entanto, as vantagens percebidas no trabalho remoto, como a flexibilidade de horário, a melhoria da qualidade de vida e a redução de custos operacionais, foram bastante evidenciadas. O papel da liderança no contexto remoto emergiu como crucial, destacando a necessidade de habilidades específicas como comunicação eficaz, flexibilidade e construção de confiança. As diferenças geracionais também foram reconhecidas como fatores relevantes nos estilos de liderança e no desempenho das equipes, sublinhando a importância de uma abordagem inclusiva e adaptativa. Em suma, o estudo demonstrou que, apesar dos desafios, o trabalho remoto oferece diversas potencialidades que podem ser maximizadas com uma liderança eficaz e adaptada às necessidades dos profissionais de diferentes gerações, abrindo a possibilidade de futuras pesquisas que aprofundem esses temas e ofereçam novos insights para a gestão de equipes remotas.

With the increasing availability of professionals aged 40 or older as an active workforce and the growth of remote work in Brazil, this study aimed to assess how these professionals perceive leadership in teams working remotely. To achieve this, a qualitative research was adopted, using a questionnaire shared via social media to capture the perceptions and experiences of this age group. Specific objectives included identifying preferences, challenges, and advantages of remote work, as well as the roles, skills, and leadership styles perceived by the professionals. Furthermore, the study sought to understand whether behavioral and experiential differences between generations affect leadership styles and team performance. Theoretical concepts covered included the flexibility of remote work, the importance of adaptive leadership, and generational diversity. The results showed a preference for hybrid work, perceived as providing the best balance between personal and professional life. The main challenges identified were technological instability, difficulty in separating personal and professional life, and lack of social interaction. However, the advantages perceived in remote work, such as flexible working hours, improved quality of life, and reduced operational costs, were quite evident. The role of leadership in the remote context emerged as crucial, highlighting the need for specific skills such as effective communication, flexibility, and trust-building. Generational differences were also recognized as relevant factors in leadership styles and team performance, highligthing the importance of an inclusive and adaptive approach. In short, the study demonstrated that, despite the challenges, remote work offers several potential benefits that can be maximized with effective leadership tailored to the needs of professionals from different generations, opening the possibility for future research that delves into these topics and provide new insights for remote team management.