Educação estatística nos anos iniciais do ensino fundamental : estratégias de docentes que ensinam matemátca

Abstract

Este trabalho se configura como uma pesquisa de cunho qualitativo e apresenta como objeto de estudo conhecer, a partir da fala de docentes, por meio de entrevista semiestruturada, possíveis estratégias em sala de aula a fim de maturar o letramento estatístico na formação de estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Com o fito de fornecer uma percepção mais crítica e analítica ao infante em idade escolar ao interpretar dados estatísticos, bem como ao lidar com deturpações desses dados, investigaremos que abordagens lúdicas e dificuldades podem ter docentes ao ensinar Estatística a crianças dos anos iniciais. Esta investigação é feita a partir de experiências de docentes que podem tornar destros em Estatística estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Anuíram a convite cinco professoras dessa etapa de ensino atuantes em escolas públicas da Região Metropolitana de Porto Alegre para que respondessem a uma entrevista semiestruturada, isto é, a uma entrevista com espaço para perguntas fora do planejado no guião previamente elaborado de dezesseis questões. Como o discurso feito de informação estatística é moldado com propósito e sai realmente de um corpo sito em algum lugar social, tecemos considerações sobre lugar de fala, autoridade técnica, posicionalidade do pesquisador e entrada válida em campo da crítica. A Análise das Entrevistas contemplou um leque de respostas consoante o conhecimento vivencial de cada pedagoga que aquiesceu em contribuir a este estudo. As entrevistas revelaram, entre outros pontos, que escolhas de vida pessoais e profissionais das professoras impactam a didática, a exemplo de não fazer uso de redes sociais ou de fazer uso das mesmas para acompanhar as influências e os motivadores das turmas; a nova geração aproveita a internet, a mídia, outros tipos de comunicação; a internet facilita a busca de materiais de apoio relativos ao ensino da ciência estatística; o gráfico é uma representação que se presta à análise de dados em boa disposição para a compreensão; dados organizados podem carregar armadilhas ao intérprete que não tem o letramento estatístico adequado.