Fatores associados ao absenteísmo da equipe de enfermagem em áreas de cuidado crítico
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Data
2025Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Introdução: a enfermagem é fundamental para a sustentabilidade e a qualidade dos sistemas de saúde. Entre suas áreas de atuação, o cuidado ao paciente crítico se destaca por exigir decisões rápidas frente a demandas assistenciais complexas e ambiente de trabalho potencialmente estressor. Em setores como Serviços de Emergência e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), inclusive, a ausência/absenteísmo de profissionais compromete a assistência e a segurança do paciente. Assim, conhecer melhor o comp ...
Introdução: a enfermagem é fundamental para a sustentabilidade e a qualidade dos sistemas de saúde. Entre suas áreas de atuação, o cuidado ao paciente crítico se destaca por exigir decisões rápidas frente a demandas assistenciais complexas e ambiente de trabalho potencialmente estressor. Em setores como Serviços de Emergência e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), inclusive, a ausência/absenteísmo de profissionais compromete a assistência e a segurança do paciente. Assim, conhecer melhor o comportamento do absenteísmo da equipe de enfermagem em unidades de cuidados críticos pode fundamentar decisões mais racionais de enfrentamento. Objetivo: verificar as características do absenteísmo e os fatores associados à sua frequência e taxa entre profissionais de enfermagem de áreas de cuidado crítico. Método: estudo transversal realizado junto ao centro de terapia intensiva e serviço de emergência adulto de um hospital de grande porte do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos profissionais de enfermagem (n=824) que apresentaram pelo menos um episódio de absenteísmo entre janeiro de 2023 a dezembro de 2024. Os dados foram obtidos a partir de queries institucionais, contemplando variáveis sociodemográficas, ocupacionais e dos afastamentos. Além da análise estatística descritiva, foi realizada Regressão de Poisson. Adotou-se nível de significância de p≤0,05. Resultados: da amostra de trabalhadores, 4.066 episódios de absenteísmo foram analisados. A taxa mediana entre os setores foi equivalente (3,29%); e 24,2% dos profissionais apresentaram taxa de absenteísmo ≥6,7%. Houve prevalência dos afastamentos prolongados (≥15 dias) entre trabalhadores da terapia intensiva em relação aos da emergência (RP: 1,60; IC: 1,17 - 2,20%; p= 0,003). Os técnicos/auxiliares apresentaram número significativamente maior de afastamentos, mais dias e horas afastados e taxas mais elevadas de absenteísmo. Homens prevaleceram nos afastamentos frequentes (≥19 episódios), enquanto afastamentos prolongados concentrou-se entre mulheres. Profissionais divorciados, separados ou viúvos apresentaram maior número de afastamentos, dias e horas ausentes, além de taxas mais altas de absenteísmo. Conclusões: não houve diferença expressiva na taxa de absenteísmo entre o tipo de setor de cuidado crítico, embora atuar na terapia intensiva esteve associado a maior ocorrência de afastamentos prolongados. Ademais, ser trabalhador de nível médio configurou maior prevalência para o absenteísmo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
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TCC Enfermagem (1345)
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