Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorDuarte, Cláudia Glavampt_BR
dc.contributor.authorPanni, Mari Teresinha Alminhanapt_BR
dc.date.accessioned2025-11-28T06:57:37Zpt_BR
dc.date.issued2025pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/299442pt_BR
dc.description.abstractA investigação desenvolvida nesta tese se estruturou a partir de duas questões norteadoras: 1) Que linhas de força emergem/atravessam aulas de ciências no que diz respeito a interdição ou produção do silêncio e da vagareza em sala de aula? 2) Que fissuras podem provocar nos modos contemporâneos de existência? Tais questões, que emergiram ao longo do percurso da pesquisa, se mostraram fundamentais para a constituição desta investigação. Para tal empreitada foram estabelecidos os seguintes objetivos: Analisar experiências pedagógicas de uma turma de sexto ano nas aulas ciências, frente as linhas de força que incitam ou interditam o silêncio e a vagareza; perceber as linhas de força que atuam no ambiente da sala de aula proporcionando ou interditando o silêncio e a vagareza; identificar como o professor de ciências se posiciona frente ao silêncio e a vagareza no seu cotidiano escolar; identificar e analisar linhas de força que incitam o deslizamento do silêncio obrigatório para uma ética do silêncio; perceber como diferentes práticas docentes incitam a constituição ou não de uma ética do silêncio e da vagareza e perceber como o exercício do silêncio e da vagareza possibilitam a constituição de outros fluxos nos modos de subjetivação contemporâneos. Dessa forma, através da pesquisa cartográfica, este estudo problematizou uma condição contemporânea que nos captura e naturaliza modos de vida que são guiados pela aceleração e pelo falatório constante. Tal condição impede, por vezes, o silêncio e a vagareza exigidas para um pensar que se afasta da recognição. Assim, para pensar o silêncio e a vagareza adentrei em uma das máquinas que dá condições para o exercício do pensamento neste estudo: a maquinaria escolar, especialmente em uma de suas engrenagens: as aulas de ciências de um sexto ano do Ensino Fundamental. Nesse percurso, emergiram possibilidades de construção de uma ética do silêncio que propiciou o deslizamento de um silêncio fruto da imposição e da obrigação, para uma ética do silêncio que se desdobra, em uma relação entre professor, alunos e a matéria de estudos. São formas de interrupção que, ainda que momentâneas, operam como um 'vírus' na maquinaria acelerada da contemporaneidade, desestabilizando fluxos que sustentam modos de existência pautados por respostas rápidas e atalhos no pensamento. Possibilitando dessa forma, um silêncio motivado pelo interesse dos alunos, que abre espaço para a vagareza necessária ao pensamento e desacelera os ritmos frenéticos da vida moderna. Assim, apresentei, por um lado fluxos, forças, que insistiam em movimentos acelerados: a necessidade entregar a avaliação, a voz da professora afirmando o tempo que restava para o término do período e por outro lado corpos que não se submetiam a aceleração. Assim, percebi, que mesmo com a força que é imprimida pelos fluxos acelerados e ruidosos da maquinaria escolar que geram o automatismo no pensamento, ocorrem linhas de resistência a essas forças que operam modos mais suaves, vagarosos e silenciosos de conceber o mundo.pt_BR
dc.description.abstractThe research developed in this thesis was structured around two guiding questions: 1) What lines of force emerge from/pervade science classes regarding the prohibition or production of silence and slowness in the classroom? 2) What fissures might they provoke in contemporary modes of existence? These questions, which emerged throughout the research, proved fundamental to the development of this investigation. For this endeavor, the following objectives were established: To analyze the pedagogical experiences of a sixth-grade class in science classes, considering the lines of force that incite or prohibit silence and slowness; to perceive the lines of force that act in the classroom environment, providing or prohibiting silence and slowness; to identify how the science teacher positions himself in the face of silence and slowness in his or her daily school life; to identify and analyze lines of force that incite the shift from mandatory silence to an ethics of silence; to perceive how different teaching practices incite the establishment or not of an ethics of silence and slowness; and to perceive how the exercise of silence and slowness enable the constitution of other flows in contemporary modes of subjectivation. Thus, through cartographic research, this study problematized a contemporary condition that captures and naturalizes ways of life guided by acceleration and constant chatter. This condition sometimes impedes the silence and slowness required for a way of thinking that distances itself from recognition. Thus, to consider silence and slowness, I delved into one of the machines that provides the conditions for the exercise of thought in this study: the school machinery, especially one of its gears: sixth-grade science classes. Along this path, possibilities emerged for constructing an ethics of silence that facilitated the shift from a silence born of imposition and obligation to an ethics of silence that unfolds in a relationship between teacher, students, and the subject matter. These are forms of interruption that, although momentary, operate like a 'virus' in the accelerated machinery of contemporary times, destabilizing flows that sustain modes of existence guided by quick responses and shortcuts in thought. This enables a silence motivated by students' interest, which opens space for the slowness necessary for thought and slows down the frenetic pace of modern life. Thus, I presented, on the one hand, flows, forces, that insisted on accelerated movements: the need to hand in the assessment, the teacher's voice stating the time remaining until the end of the period, and on the other, bodies that refused to submit to acceleration. Thus, I realized that even with the force imbued by the accelerated and noisy flows of the school machinery that generate automatism in thought, lines of resistance to these forces operate in gentler, slower, and quieter ways of understanding the world.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSilenceen
dc.subjectEnsino de ciênciaspt_BR
dc.subjectCartografiapt_BR
dc.subjectSlownessen
dc.subjectSala de aulapt_BR
dc.subjectScience classesen
dc.subjectSilênciopt_BR
dc.subjectCartographyen
dc.titleEm defesa do silêncio e da vagareza : uma cartografia das aulas de ciênciaspt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001297505pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Ciências Básicas da Saúdept_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educação em Ciências - Associação de IESpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2025pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples