O papel da afetividade no processo de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais
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Data
2010Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
O presente trabalho apresenta como tema central o papel da afetividade no processo de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais. A pesquisa apoiou-se no Projeto de Estágio Curricular relativo ao curso de graduação Licenciatura em Pedagogia, modalidade a distância, tendo sido realizado em escola pública da rede estadual localizada no município de Montenegro – RS. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se em dez alunos de uma turma de classe especial, todos apresentando defici ...
O presente trabalho apresenta como tema central o papel da afetividade no processo de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais. A pesquisa apoiou-se no Projeto de Estágio Curricular relativo ao curso de graduação Licenciatura em Pedagogia, modalidade a distância, tendo sido realizado em escola pública da rede estadual localizada no município de Montenegro – RS. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se em dez alunos de uma turma de classe especial, todos apresentando deficiência intelectual, além de outros comprometimentos. O período de estágio ocorreu entre os dias 12 de abril a 14 junho de 2010. O estudo apresentou a configuração de abordagem qualitativa, com o foco na pesquisa-ação, tendo como objetivos verificar qual a influência do desenvolvimento afetivo para o processo de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais, levando em consideração sua individualidade e a maneira como estabelecem vínculos e relações de afeto; identificar quais aspectos podem contribuir para a formação da subjetividade e para o desenvolvimento do aprendizado. Desta forma, procurou-se elaborar estratégias pedagógicas que auxiliassem na melhoria das relações de afetividade do grupo e na interação social, apostando que tais ações refletiriam na melhoria do aprendizado. Além disso, foi trabalhado de maneira conjunta o estabelecimento de regras de convivência diária, bem como o cultivo do respeito mútuo, as relações afetivas entre os pares, os bons sentimentos, o compartilhamento de opiniões. Por se tratarem de alunos com necessidades educacionais especiais, muitas vezes acabam recebendo o estigma, ou melhor, o estereótipo errôneo de que alunos com deficiência têm mais dificuldade em seus relacionamentos socioafetivos e no cumprimento de regras de convivência diária. O que, na verdade, não procede, pois o desenvolvimento ocorre para todos os sujeitos, tenham eles necessidades educacionais especiais ou não. Com isso, comportamentos inadequados não podem ser justificados por via da deficiência. Assim, o projeto educativo primou pela construção de posturas de cortesia, desenvolvendo atitudes de responsabilidade, construção e desenvolvimento da autonomia, apropriação de atitudes de solidariedade e cooperação em diferentes situações cotidianas e em grupo, formação de vínculos afetivos, leitura do mundo, valorização do indivíduo como ser único, resgatando sua autoestima, instigando as relações sociais e a interação dos alunos com seu meio. Para tanto, buscou-se como principais referências os autores Lev Vygotsky e Henry Wallon, por se tratarem de autores que privilegiaram as relações entre afetividade e cognição, levando em conta as interações histórico-culturais. Por fim, buscou-se proporcionar um espaço de discussões, reflexões, apostando na capacidade de aprendizagem dos alunos e estimulando atividades que propiciassem a interação entre eles, desenvolvendo relações afetivas importantes para a formação da subjetividade de indivíduos respeitosos e futuros cidadãos de direitos. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Pedagogia: Ensino a Distância: Licenciatura.
Coleções
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TCC Pedagogia (1401)
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