A utilização da tecnologia da informação e comunicação nas instituições escolaresporalunoscomnecessidades especiais
Visualizar/abrir
Data
2010Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
O presente trabalho relata a experiência ocorrida durante o período de estágio supervisionado relativo ao curso de Licenciatura em Pedagogia modalidade à distância, desenvolvido no primeiro semestre do ano de 2010. O espaço da pesquisa foi o Laboratório de Informática da Escola Municipal de Educação Especial Cebolinha, na cidade de Gravataí, e teve como objetivo analisar as condições de acesso dos alunos com dificuldades de aprendizagem (deficiência intelectual), às tecnologias presentes na esc ...
O presente trabalho relata a experiência ocorrida durante o período de estágio supervisionado relativo ao curso de Licenciatura em Pedagogia modalidade à distância, desenvolvido no primeiro semestre do ano de 2010. O espaço da pesquisa foi o Laboratório de Informática da Escola Municipal de Educação Especial Cebolinha, na cidade de Gravataí, e teve como objetivo analisar as condições de acesso dos alunos com dificuldades de aprendizagem (deficiência intelectual), às tecnologias presentes na escola, em particular o computador. Os sujeitos desse estudo foram os alunos das diversas turmas que frequentam o laboratório de informática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo método foi a pesquisa-ação, fundamentada principalmente nos referenciais teóricos de Jean Piaget e Lev Semenovich Vygotsky. Além destes teóricos, pesquisaram-se leis e políticas voltadas para o ensino de alunos com dificuldades de aprendizagem, bem como estudiosos e entusiastas do movimento inclusivo. A pesquisa baseou-se no projeto de aprendizagem desenvolvido durante o estágio, cuja preocupação maior foi desenvolver ações pedagógicas que favorecessem a inclusão escolar de alunos com dificuldades de aprendizagem. Através do laboratório de informática, procurou-se fazer com que os alunos tivessem, pelo menos, o início de uma alfabetização digital, e uma interdisciplinaridade a partir do conhecimento básico do computador, partindo posteriormente para o letramento dos mesmos contando, para isso, com a parceria das professoras de turma. Observou-se, através da convivência e de estudos realizados, que esses alunos possuem dificuldade em interpretar e interagir com objetos que tragam grande número de informações em um mesmo contexto, como é o caso do teclado do computador, por exemplo. Assim sendo, após vasta consulta na Internet, encontrou-se o material chamado de Colméia de Teclado, que possibilita a diminuição do número de informações no teclado, simplificando sua compreensão por parte dos alunos. Devido ao alto valor de aquisição desse material, desenvolveu-se artesanalmente uma máscara de teclado confeccionada com papel cartaz, que apresentou bons resultados em seu manuseio. Em sua maioria, os alunos compreenderam bem a função do referido objeto conseguindo, a partir dele, digitar seus nomes. Alguns, inclusive, chegaram a digitar frases, respeitando suas limitações. Além desse recurso tecnológico, as atividades desenvolvidas foram baseadas no lúdico, visto que os alunos demonstram uma maior concentração e interesse. Para tanto, buscou-se em diversos sites na Internet jogos que pudessem trabalhar as suas funções mentais e conteúdos pedagógicos (cores, tamanhos, letras, números etc.), proporcionando momentos de aprendizagem de forma mais consistente. Complementou-se o material virtual utilizando-se material concreto, como foi o caso do Alfabeto Móvel. Como forma de integrar todas as ações em prol do processo de aprendizagem desses alunos criou-se um sistema de envio de e-mails para os professores, técnicos, gestores e pais. Dentre vários assuntos, foram enviados endereços de sites com vídeos nos quais alunos com dificuldades de aprendizagem aparecem concluindo cursos na área da educação, com o intuito de que essas pessoas ressignificassem suas concepções acerca das dificuldades, bem como motivá-los a dar continuidade ao trabalho desenvolvido no laboratório em suas casas e salas de aula. Por fim, conclui-se que para que haja inclusão de fato, a escola deve demonstrar com atitudes o desejo de ver seus alunos com dificuldades de aprendizagem incluídos em seu contexto, na teoria e na prática, através do investimento e desenvolvimento de projetos como o que foi realizado nesta pesquisa. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Pedagogia: Ensino a Distância: Licenciatura.
Coleções
-
TCC Pedagogia (1399)
Este item está licenciado na Creative Commons License