Adolescentes, fotografia e redes sociais: uma relação perigosa
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Data
2012Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
O tema: “Adolescentes, Fotografia e Redes Sociais: uma relação perigosa” fundamenta-se na ideia de que vivemos em uma “sociedade multitelas”, onde os adolescentes, “nativos digitais” se apropriam das tecnologias móveis digitais como câmeras digitais, telefones celulares, tablets, smartphones e aplicativos para mediarem suas relações, tanto presenciais como no ciberespaço. E, usando a Fotografia como forma de representação nas redes sociais estes adolescentes criam novos espaços de visibilidade ...
O tema: “Adolescentes, Fotografia e Redes Sociais: uma relação perigosa” fundamenta-se na ideia de que vivemos em uma “sociedade multitelas”, onde os adolescentes, “nativos digitais” se apropriam das tecnologias móveis digitais como câmeras digitais, telefones celulares, tablets, smartphones e aplicativos para mediarem suas relações, tanto presenciais como no ciberespaço. E, usando a Fotografia como forma de representação nas redes sociais estes adolescentes criam novos espaços de visibilidade para suas vidas, alimentando a faminta “sociedade do espetáculo” no ciberespaço, com imagens de conteúdo e estética duvidosa. Diante os problemas decorrentes deste comportamento, esta pesquisa indaga: Quais fatores externos e internos influenciam e mobilizam os adolescentes ao encantarem-se com sua própria imagem refletida e compartilhada nas redes sociais, estimulando-os a exposição excessiva e colocando-os em situações de vulnerabilidade? Questionando também, como a família e a escola, podem colaborar para que os adolescentes compreendam os limites entre o que é público e privado em suas vidas? O método desenvolvido no decorrer dos estudos é voltado para a pesquisa exploratória e qualitativa, dando espaço para subjetividade tanto da pesquisadora como dos sujeitos da mesma. A fim de ampliar o contato com os sujeitos da pesquisa, criou-se um perfil no Facebook específico para este fim e que veio a tornar-se um espaço de troca de subjetividades, indo muito além do seu sentido imediato de comunicação e informação. Assim como, a criação de uma autobiografia visual digital pelos alunos a partir de suas representações no Facebook, trazendo mais riqueza de conteúdo a pesquisa. Para a revisão de literatura a pesquisadora abriu as portas do seu “Museu Imaginário” como forma de valorização da sua experiência e onde foram agregados novos autores no decorrer da pesquisa. Como resultado da pesquisa, constata-se que através de fotografias de representação, os adolescentes realmente se expõem de forma excessiva e inadequada nas redes sociais, colocando-se em situações de vulnerabilidade social no ciberespaço. Dentre os fatores externos que contribuem para que os adolescentes mantenham este comportamento, encontram-se as mídias publicitárias, as facilidades de crédito para a aquisição das tecnologias móveis digitais e o acesso aos planos de conexão para internet. Como fatores internos determinantes para este quadro, estão a baixa autoestima dos adolescentes e a busca por autoafirmação diante seus amigos; além de conflitos pessoais, familiares, sociais e escolares pertinentes a esta etapa da vida. Logo, se compreende que também é papel da escola e da família a responsabilidade de educar os adolescentes frente às tecnologias e as mídias, para que se tornem protagonistas de suas vidas, agindo de forma critica e reflexiva, responsável e cidadã. E ao se representarem com imagens nas redes sociais criem uma autobiografia visual que os impulsione a um futuro digno. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação. Curso de Especialização em Mídias na Educação.
Coleções
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Ciências Humanas (1949)
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