Leitura literária e aquisição da linguagem oral : bebês que brincam com livros
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Data
2016Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
No trabalho descrevo e analiso o repertório de palavras de um grupo de dez bebês. Iniciada em agosto de 2015, quando os pequenos tinham entre dez e dezesseis meses, a pesquisa foi concluída em janeiro de 2015. O foco - a ampliação do vocabulário - foi relacionada à presença de leituras literárias e cantigas em interações semanais na escola. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de Novo Hamburgo e buscou responder as seguintes perguntas: Como a leitura literária de modo freque ...
No trabalho descrevo e analiso o repertório de palavras de um grupo de dez bebês. Iniciada em agosto de 2015, quando os pequenos tinham entre dez e dezesseis meses, a pesquisa foi concluída em janeiro de 2015. O foco - a ampliação do vocabulário - foi relacionada à presença de leituras literárias e cantigas em interações semanais na escola. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de Novo Hamburgo e buscou responder as seguintes perguntas: Como a leitura literária de modo frequente e deliberado oportuniza e qualifica o processo de aquisição da linguagem oral? Há ampliação do repertório de palavras? É possível ler literatura para bebês? Há compreensão de palavras, sons, desfechos por parte dos bebês? Bebês leem? Parto do pressuposto de que os bebês possuem um pensamento pré-linguístico e uma linguagem pré-intelectual, como indica Vygotsky (1998), e que, para lhes auxiliar na evolução das funções sociais da fala, os bebês contam com os adultos que o cercam – familiares e professores. Cabe a estes manter uma mediação qualificada através da Leitura Literária e, assim, apresentar aos pequenos os "rudimentos do comportamento leitor" (Rosa, 2015). As estratégias metodológicas para a investigação foram: 1.Registro do repertório de palavras utilizados pelos bebês, de agosto a dezembro/2015; 2.Escolha de livros literários, acalantos e cantigas a serem apresentados a eles intencionalmente; 3.Registro de palavras adquiridas concernentes ao repertório oferecido; 4.Entrevistas com as famílias dos bebês. Dentre os resultados descrevo a grande quantidade de palavras incorporadas pelos bebês a partir dos acalantos e o grande interesse dos mesmos pelos livros. Evidenciando a importância do ambiente escolar nas práticas iniciais de Letramento Literário (Cosson, 2015). E que, conforme a cultura familiar - a importância e a relação com a linguagem vivenciada em casa –, os bebês terão maior ou menor interesse e necessidade de comunicarem-se oralmente. Também as diferentes leituras realizadas pelos bebês, não só dos livros, mas das situações, dos gestos e imagens, numa relação de enamoramento pelas possibilidades de uso da linguagem, não apenas como comunicação, mas também “objeto de admiração, como espaço da criatividade” (Paulino, 2015). ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em Docência na Educação Infantil.
Coleções
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Ciências Humanas (1949)
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