Amizade e função fraterna na adolescência : a potência do outro semelhante na transformação de si
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Data
2017Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
O testemunho de historias de vidas no contexto de um serviço de acolhimento institucional para crianças e adolescentes foi o cenário disparador de questões que movimentaram a escrita do presente trabalho. O eco que se produz, neste contexto de casa-instituição, das situações limites de sobrevivência, de desamparo e de vulnerabilidades, convoca à reflexão sobre as estratégias possíveis de trabalho no sentido de potencializar a transformação das experiências traumáticas em formas criativas de laç ...
O testemunho de historias de vidas no contexto de um serviço de acolhimento institucional para crianças e adolescentes foi o cenário disparador de questões que movimentaram a escrita do presente trabalho. O eco que se produz, neste contexto de casa-instituição, das situações limites de sobrevivência, de desamparo e de vulnerabilidades, convoca à reflexão sobre as estratégias possíveis de trabalho no sentido de potencializar a transformação das experiências traumáticas em formas criativas de laço com o social. O recorte do momento na adolescência se dá, principalmente, pela própria vivência desta que escreve junto a uma maioria de adolescentes em situação de acolhimento, e pela complexidade do trabalho com estes, que envolve a intenção da busca por um lugar no laço social sem o amparo de um núcleo ou rede de suporte afetivo. Buscamos retomar a noção de trauma através do olhar da psicanálise enquanto excessos pulsionais impossibilitados de representação, retomando a dimensão intransmissível da experiência traumática, o que aponta para o paradoxo da elaboração dessas vivências através da narrativa. Nos conceitos de função fraterna, amizade e alteridade, encontramos ferramentas para potencializar o olhar sobre os acontecimentos no coletivo, apostando no encontro com o outro semelhante enquanto possibilidade de narrar e elaborar as situações de trauma e desamparo, e de identificação para além da situação de acolhimento, no sentido de que o sujeito passe a falar em nome próprio, assumindo uma posição no laço social a partir de seu desejo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Especialização em Intervenção Psicanalítica na Clínica da Infância e Adolescência.
Coleções
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Ciências Humanas (1949)
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