A política externa russa para o Mar Negro : o avanço euro-atlântico e a crise ucraniana de 2014
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
O presente trabalho analisa de que maneira as percepções russas em relação ao Ocidente interferiram na mudança da política externa da Rússia para a região do Mar Negro, e como a Crise Ucraniana de 2014 se inseriu neste processo. Entende-se que a maior assertividade da Rússia na região do Mar Negro foi o resultado da mudança nas relações intersubjetivas entre Moscou e o Ocidente, representado pelas instituições euro-atlânticas (OTAN e União Europeia). Argumenta-se, através de uma abordagem multi ...
O presente trabalho analisa de que maneira as percepções russas em relação ao Ocidente interferiram na mudança da política externa da Rússia para a região do Mar Negro, e como a Crise Ucraniana de 2014 se inseriu neste processo. Entende-se que a maior assertividade da Rússia na região do Mar Negro foi o resultado da mudança nas relações intersubjetivas entre Moscou e o Ocidente, representado pelas instituições euro-atlânticas (OTAN e União Europeia). Argumenta-se, através de uma abordagem multicausal, que o avanço euro-atlântico em direção aos países do antigo espaço soviético impôs constrangimentos aos interesses russos na região, considerada por Moscou como sua esfera natural de influência, o que desencadeou enfim a Crise Ucraniana de 2014, ponto de inflexão nas relações do continente. Como consequência, os desdobramentos na Ucrânia e a assertividade da Rússia resultaram no recrudescimento da presença militar da OTAN no flanco oriental da aliança e um maior envolvimento no Mar Negro, região até então relegada a segundo plano pela instituição. Assim, as mudanças regionais configuram o Mar Negro como uma das principais áreas de confrontação entre os interesses políticos, econômicos e militares da Rússia e das instituições euro-atlânticas. ...
Abstract
This paper analyzes how Russian perceptions of the West interfered in the change of Russia's foreign policy towards the Black Sea region, and how the Ukrainian Crisis of 2014 was inserted in this process. It is argued that Russia's greater assertiveness in the Black Sea region was the result of the shift in the intersubjective relations between Moscow and the West, represented by Euro-Atlantic institutions (NATO and European Union). It is maintained, through a multi-causal approach, that the Eu ...
This paper analyzes how Russian perceptions of the West interfered in the change of Russia's foreign policy towards the Black Sea region, and how the Ukrainian Crisis of 2014 was inserted in this process. It is argued that Russia's greater assertiveness in the Black Sea region was the result of the shift in the intersubjective relations between Moscow and the West, represented by Euro-Atlantic institutions (NATO and European Union). It is maintained, through a multi-causal approach, that the Euro-Atlantic advance towards the states of the Former Soviet Space imposed constraints on Russian interests in the region, considered by Moscow as its natural sphere of influence, which finally triggered the Ukrainian Crisis of 2014, a turning point in the continent's relations. As a result, the unfolding in Ukraine and Russia's military assertiveness have resulted in the resurgence of NATO's military presence on the Eastern flank of the alliance and increased involvement in the Black Sea, a region formerly relegated by the institution. Thus, regional changes shape the Black Sea as one of the main areas of confrontation between Russia's political, economic and military interests and Euro-Atlantic institutions’ ones. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Curso de Relações Internacionais.
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