Xilo-oligossacarídeos - aplicação em alimentos e produção a partir de resíduos lignocelulósicos : uma revisão da literatura
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A atividade agrícola e agroindustrial gera uma grande quantidade de subprodutos, entre eles, resíduos lignocelulósicos. Entre os componentes destes resíduos estão as xilanas, polissacarídeos formados por uma cadeia principal composta por unidades de xilose, que fazem parte do grupo das hemiceluloses. A hidrólise desses polissacarídeos dá origem aos xilo-oligossacarídeos (XOS), compostos por 2 a 7 unidades de xilose e são oligossacarídeos não digeríveis (NDO) por vertebrados, devido às ligações ...
A atividade agrícola e agroindustrial gera uma grande quantidade de subprodutos, entre eles, resíduos lignocelulósicos. Entre os componentes destes resíduos estão as xilanas, polissacarídeos formados por uma cadeia principal composta por unidades de xilose, que fazem parte do grupo das hemiceluloses. A hidrólise desses polissacarídeos dá origem aos xilo-oligossacarídeos (XOS), compostos por 2 a 7 unidades de xilose e são oligossacarídeos não digeríveis (NDO) por vertebrados, devido às ligações β-(1→4) presentes entre os açúcares. Quando ingeridos, chegam ao intestino de forma integra e podem ser utilizados como substratos pelas bactérias que o colonizam. O potencial prebiótico dos XOS, ou seja, o potencial de ser usado seletivamente por bactérias benéficas, vêm sendo estudado nas últimas décadas e estes oligossacarídeos já são usados como ingredientes em alimentos voltados para saúde intestinal no Japão desde a década de 90. O interesse pelo consumo de prebióticos e alimentos contendo prebióticos como ingredientes, considerados alimentos funcionais, vêm crescendo principalmente devido à conscientização dos consumidores sobre a relação entre saúde, bem estar e alimentação. XOS possuem a vantagem de poder ser produzido utilizando resíduos, que são uma matéria prima abundante e de baixo custo. Podem ser produzidos pela auto-hidrólise da biomassa, hidrólise ácida ou hidrólise enzimática. A hidrólise enzimática apresenta vantagens, como a especificidade e a operação em condições brandas. Antes da biomassa lignocelulósica ser submetida à hidrólise por enzimas xilanolíticas, em geral, é realizado um pré-tratamento para facilitar o acesso das enzimas e tornar o processo mais eficiente. No caso da produção de XOS a partir de resíduos agrícolas, o pré-tratamento mais usado é o químico, que pode ser alcalino ou ácido. A escolha do resíduo, que deve ser preferencialmente rico em xilana, as condições empregadas no pré-tratamento deste resíduo e na hidrólise enzimática, são fatores importantes que influenciam na quantidade de XOS obtidos no processo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Curso de Engenharia Química.
Coleções
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TCC Engenharias (5853)
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