Análise de testes comerciais para a avaliação da suscetibilidade às polimixinas
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Data
2017Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
As polimixinas (colistina e polimixina B) foram introduzidas na prática clínica em 1947, porém foram retiradas na década de 1970 devido a sua toxicidade. No início dos anos 2000 as polimixinas foram reintroduzidas na medicina humana para o tratamento de infecções graves ocasionadas por bacilos Gram-negativos multirresistentes. No entanto, a resistência bacteriana às polimixinas vem aumentando mundialmente. Para avaliação in vitro da resistência às polimixinas, o método de referência é a microdi ...
As polimixinas (colistina e polimixina B) foram introduzidas na prática clínica em 1947, porém foram retiradas na década de 1970 devido a sua toxicidade. No início dos anos 2000 as polimixinas foram reintroduzidas na medicina humana para o tratamento de infecções graves ocasionadas por bacilos Gram-negativos multirresistentes. No entanto, a resistência bacteriana às polimixinas vem aumentando mundialmente. Para avaliação in vitro da resistência às polimixinas, o método de referência é a microdiluição em caldo o qual é uma técnica laboriosa e necessita de insumos que são muitas vezes de difícil aquisição devido, principalmente, ao custo. Assim, produtos comerciais desenvolvidos para a avaliação da suscetibilidade às polimixinas de forma menos laboriosa tem sido colocados no mercado. O Policimbac®, recentemente desenvolvido, é um produto comercial que consiste em um painel contendo poços com meio de cultura desidratado e Polimixina B liofilizada nos quais o inóculo bacteriano é pipetado e após 24 horas de incubação proporciona o valor da concentração inibitória mínima para o isolado testado. Outro produto é o Ágar Superpolimixina, o qual é confeccionado com substâncias inibitórias e permite o crescimento apenas de bactérias resistentes às polimixinas. Neste estudo, avaliamos o desempenho de ambos os testes em 112 isolados, dois quais 51 eram resistentes às polimixinas e 61 eram sensíveis. O teste Policimbac® apresentou uma sensibilidade de 98,0%, especificidade de 77,0%, VPP de 78,1% e VPN de 97,9%. O Ágar Superpolimixina® apresentou uma sensibilidade de 94,1%, especificidade de 38 75,4%, VPP de 76,2% e VPN de 93,9%. Com isso, ambos os métodos poderiam ser utilizados como teste de triagem sendo que isolados bacterianos detectados como sensíveis as polimixinas não precisariam ser testados novamente o que diminuiria o trabalho no laboratório clínico. Cabe mencionar que devido à baixa especificidade dos métodos, os resultados atribuídos como resistentes de ambos os testes deveriam ser confirmados pelo método de referência ou técnicas com melhor especificidade. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
Coleções
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TCC Farmácia (705)
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