Movimentos da explicação : experiências errantes com a matemática escolar
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Data
2019Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Este trabalho busca ressonâncias entre as formas da explicação (CAMARGO, 2011) e a noção de errância (KOHAN, 2015). No contexto da tradução de signos (DELEUZE, 2010), observamos a manifestação de signos mundanos com as formas da explicação, criando possibilidades de encontros com os outros mundos dos signos e com a própria arte (BAMPI; 2018). Entre as explicações pode surgir uma oportunidade de fuga: as palavras emitidas pelo professor convidam a um aprender que foge do território das explicaçõ ...
Este trabalho busca ressonâncias entre as formas da explicação (CAMARGO, 2011) e a noção de errância (KOHAN, 2015). No contexto da tradução de signos (DELEUZE, 2010), observamos a manifestação de signos mundanos com as formas da explicação, criando possibilidades de encontros com os outros mundos dos signos e com a própria arte (BAMPI; 2018). Entre as explicações pode surgir uma oportunidade de fuga: as palavras emitidas pelo professor convidam a um aprender que foge do território das explicações, apesar de permutar-se em suas brechas. Partimos de duas atividades inspiradas em um algoritmo de divisão fora do convencional que foram desenvolvidas com estudantes da educação básica. A primeira consiste em três exemplos dessa forma de divisão, onde o algoritmo fica evidenciado. A segunda compõe-se de fichas com símbolos que recriam o algoritmo. Em um exercício de expressão, os alunos foram convidados a elaborar conjecturas acerca desse algoritmo nas duas atividades. Atentamos para os caminhos singulares dos alunos, observandoos em seus movimentos errantes que os aproximam de um aprender. A partir dos dados obtidos, notamos que o exercício de se expressar, em um esforço de dialogar consigo mesmo e com os outros, sinaliza para a compreensão de muitos conteúdos que excedem a matemática escolar e criam possibilidades para novos caminhos através dos próprios movimentos errantes. Os alunos aproximaram-se do caminho da emancipação (RANCIÈRE, 2007)? ...
Abstract
The present work pursues convergences between the forms of explanation constituted by Camargo (2011) and the notion of wandering in Kohan (2015). In the context of sign translation (DELEUZE, 2010), we behold the manifestation of mundane signs with the forms of explanation, creating possibilities for encounters with the other worlds of signs and with art itself (BAMPI; 2018). Among the explanations may arise an opportunity for escape: the words uttered by the teacher invite a learning that escap ...
The present work pursues convergences between the forms of explanation constituted by Camargo (2011) and the notion of wandering in Kohan (2015). In the context of sign translation (DELEUZE, 2010), we behold the manifestation of mundane signs with the forms of explanation, creating possibilities for encounters with the other worlds of signs and with art itself (BAMPI; 2018). Among the explanations may arise an opportunity for escape: the words uttered by the teacher invite a learning that escapes the territory of the explanations, even permeated by its breaches. We started from two activities, inspired by an unconventional division algorithm. The activities were developed with students of primary education. The first activity consists of three examples of this form of division, where the algorithm is evidenced. The second consists of cards with symbols that recreate the algorithm. In an expression exercise, students were asked to make conjectures about this algorithm in both activities. We have observed students' unique ways, watching them in their wandering movements that bring them closer to learning. From the data obtained, we noticed that the exercise of expressing oneself, in an effort to dialogue with oneself and others, signals the understanding of many contents that exceed school mathematics and create possibilities for new paths through one's own wandering movements. Have students approached the path of emancipation (RANCIÈRE, 2007)? ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Matemática e Estatística. Curso de Matemática: Licenciatura.
Coleções
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TCC Matemática (406)
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