Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes idosos vítimas de trauma cranioencefálico em um centro de referência : uma análise preliminar do estudo CITy-POA
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Introdução: Com o advento da globalização e das novas tecnologias, percebe-se, enquanto fenômeno mundial, um aumento significativo da expectativa de vida populacional. Em paralelo, surgem novos desafios associados à vulnerabilidade dessa população, uma vez que as alterações funcionais e estruturais do envelhecimento, além da coexistência de doenças sistêmicas, aumentam a predisposição a acidentes e possuem impacto direto em seus desfechos. Sendo assim, faz-se necessário observar e propor estrat ...
Introdução: Com o advento da globalização e das novas tecnologias, percebe-se, enquanto fenômeno mundial, um aumento significativo da expectativa de vida populacional. Em paralelo, surgem novos desafios associados à vulnerabilidade dessa população, uma vez que as alterações funcionais e estruturais do envelhecimento, além da coexistência de doenças sistêmicas, aumentam a predisposição a acidentes e possuem impacto direto em seus desfechos. Sendo assim, faz-se necessário observar e propor estratégias médicas para atender as particularidades dessa parcela de pacientes, especialmente no que tange ao trauma. Dentro desse contexto e vislumbrando o melhor atendimento, a presente análise tem como objetivo definir o perfil epidemiológico do trauma no idoso em especial no TCE. Essa é uma pré-análise de uma parcela dos pacientes com trauma crânio encefálico do estudo CITy-POA, uma coorte prospectiva de trauma em idosos realizada no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre cuja coleta de dados deve se prolongar até o final de maio de 2024. Esse trabalho foi aprovado no comitê de ética da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e submetido à plataforma Brasil de pesquisa. Resultados: Entre maio de 2023 e novembro de 2023, foram incluídos no estudo CITy POA 801 pacientes idosos com história de trauma, destes, apenas 213 estavam com dados prontos para análise; destes, 103 eram vítimas de TCE e foram incluídos nessa análise preliminar. Destes, 87,4% como TCE leve, 5,8% como TCE moderado e 3,9% com TCE grave. O uso de medicações contínuas não se mostra como um fator de risco isolado para TCE, visto grupos homogêneos entre os com e os sem TCE, incluindo anti-hipertensivos e anticoagulantes. Sintomas neurológicos como redução do nível de consciência, amnésia lacunar e alteração do estado basal são possíveis preditores importantes de alteração tomográfica em pacientes com TCE. Conclusão: Com base nessa pré-análise, é percebida a necessidade de elaborar uma forma de avaliação e estratificação de risco específica para o grupo acima de 60 anos, dadas a sua complexidade fisiológica e as suas alterações estruturais, para o melhor atendimento dessa população. Esperamos, com o seguimento da coorte, poder identificar melhor fatores de risco para TCE com repercussão clínica em idosos. ...
Instituição
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência Médica em Medicina de Emergência.
Coleções
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Ciências da Saúde (1456)
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