Avaliação de aspectos toxicológicos de Vismia guianensis, planta medicinal nativa do Brasil, utilizando Caenorhabditis elegans como modelo alternativo ao uso de mamíferos
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Data
2025Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
A família Hypericaceae, composta por plantas de distribuição cosmopolita, possui seis gêneros, totalizando cerca de 700 espécies reconhecidas. No Brasil, essa família é representada pelos gêneros Hypericum L., e Vismia Vand. Conhecida como “lacre” ou “pau-de-lacre", Vismia guianensis é uma das espécies mais abundante do gênero Vismia no Brasil. Metabólitos secundários, como antraquinonas, antronas, xantonas e benzoquinonas, têm sido isolados desta planta. Sua utilização na medicina tradicional ...
A família Hypericaceae, composta por plantas de distribuição cosmopolita, possui seis gêneros, totalizando cerca de 700 espécies reconhecidas. No Brasil, essa família é representada pelos gêneros Hypericum L., e Vismia Vand. Conhecida como “lacre” ou “pau-de-lacre", Vismia guianensis é uma das espécies mais abundante do gênero Vismia no Brasil. Metabólitos secundários, como antraquinonas, antronas, xantonas e benzoquinonas, têm sido isolados desta planta. Sua utilização na medicina tradicional é frequente nas comunidades locais em regiões da Floresta Amazônica com o intuito de tratar, especialmente, doenças de pele. O extrato hexano das folhas de Vismia guianensis, rico em antraquinonas, foi utilizado para avaliar a toxicidade e o perfil de segurança em modelo experimental alternativo de Caenorhabditis elegans. O extrato foi obtido a partir da maceração do material vegetal seco com n–hexano até a exaustão. O perfil cromatográfico do extrato proveniente das folhas de Vismia guianensis foi determinado através de cromatografia de camada delgada (CCD). Caenorhabditis elegans foi utilizado nos experimentos para determinação da concentração letal média (CL50) do extrato de Vismia guianensis, além de investigar seus efeitos na sobrevivência, desenvolvimento, reprodução, head thrashes e bombeamento faríngeo. Os resultados mostraram que o extrato apresentou uma CL50 de 6,38 mg/mL, reduzindo a sobrevivência dos vermes, nos estágios L1 e L4, à medida que houve o aumento das concentrações utilizadas. O extrato de Vismia guianensis apresentou alterações significativas no ensaio de head thrashes e bombeamento faríngeo, mostrando uma possível neurotoxicidade. O extrato não alterou significantemente o ensaio de reprodução e o ensaio de desenvolvimento teve alteração significativa apenas na última concentração utilizada (1,5 mg/mL). Portanto, o extrato hexano de Vismia guianensis apresentou um perfil de baixa toxicidade no modelo de C. elegans. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
Coleções
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TCC Farmácia (725)
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