A evolução biológica segundo os autores de livros didáticos de Biologia aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2012) : buscando um eixo integrador
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Data
2013Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Dentre os biólogos é bem conhecido o papel central e organizador atribuído à evolução biológica dentro da Biologia, sendo essa centralidade apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) como uma obrigação para os cursos de graduação em ciências biológicas, e como uma forte sugestão para a educação básica. Na prática, porém, existem inúmeros desafios que dificultam a implementação da evolução como eixo integrador da Biologia, havendo vários artigos publicados voltados para esse tema. Um dos inst ...
Dentre os biólogos é bem conhecido o papel central e organizador atribuído à evolução biológica dentro da Biologia, sendo essa centralidade apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) como uma obrigação para os cursos de graduação em ciências biológicas, e como uma forte sugestão para a educação básica. Na prática, porém, existem inúmeros desafios que dificultam a implementação da evolução como eixo integrador da Biologia, havendo vários artigos publicados voltados para esse tema. Um dos instrumentos possíveis para a investigação dessa centralidade da evolução são os livros didáticos, dada sua abrangência em termos de acessibilidade decorrente do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o qual asseguraria às escolas públicas o acesso a determinadas coleções selecionadas de acordo com critérios do MEC. Apesar das limitações potencialmente encontradas nos livros didáticos, em termos de esses terem a evolução como eixo integrador, livros de divulgação científica de autores como Ernst Mayr e Theodosius Dobzhansky demonstram claramente que a evolução pode ser efetivamente utilizada como articuladora de outros temas biológicos. Tendo em vista essa possibilidade de articulação, procurou-se investigar ao longo dos livros didáticos dos autores aprovados pelo PNLD se a evolução estava efetivamente sendo usada como um eixo integrador entre as diferentes temáticas biológicas. Para isso, se recorreu a uma análise semântica e integral dos livros desses autores, na busca de referências que carregassem significados evolutivos. Sendo esses dados posteriormente analisados em termos descritivos, quantitativos e iconográfico, o que revelou quais tipos de inferências evolutivas foram mais utilizadas em cada unidade temática dos livros, o quanto cada unidade se articula com a evolução e os tipos de diagramas que mais são utilizados para se explicar esse tema. Os resultados indicam assim que a evolução não estaria sendo um forte eixo integrador, já que os temas evolutivos apresentados são muito restritos tanto em termos de variedade quanto de unidades em que estão presentes, de modo que temas evolutivos essenciais são postos de lado, e unidades que naturalmente se relacionariam com a evolução não estariam fazendo jus a tal interrelação. Apesar disso, ao levar-se em conta o trabalho de outros pesquisadores com livros didáticos de Biologia, é possível afirmar que a estrutura organizacional dos livros didáticos tem se tornado mais flexível, apesar do que, as referências evolutivas continuariam presentes basicamente na própria unidade “evolução” e em alguns outros lugares pontuais, apresentando em alguns casos certa correlação com a presença de termos históricos. Sendo reveladora também a análise iconográfica, por indicar que boa parte dos diagramas evolutivos estão desenhados de maneira contra intuitiva, sendo na maior parte das vezes apresentados junto com explicações pobres sobre como tais diagramas deveriam ser lidos. Sugere-se, por fim, a potencialidade das análises realizadas para pesquisas mais abrangentes, que incluam livros de ensino fundamental e sucessões temporais das obras dos autores analisados, bem como o ganho em termos de entendimento e continuidade entre conteúdos ao se usar uma maior contextualização histórica e principalmente evolutiva, que não se restrinja às unidades finais dos livros, mas que se inicie desde a primeira página de cada obra. ...
Abstract
Among the biologists, the central and organizational role attributed to the biological evolution in the biology is well known. This centrality role is presented by the Education Ministry (MEC) as a requirement for the graduation courses in biological sciences, and as a strong suggestion for the basic education. In pratice, however, there are many challenges that hinder the purpose of implementatios of the evolution as a biological integrative axis, there are several articles that focus in this ...
Among the biologists, the central and organizational role attributed to the biological evolution in the biology is well known. This centrality role is presented by the Education Ministry (MEC) as a requirement for the graduation courses in biological sciences, and as a strong suggestion for the basic education. In pratice, however, there are many challenges that hinder the purpose of implementatios of the evolution as a biological integrative axis, there are several articles that focus in this issue. One of the possible tools for the investigation of this evolutionary centrality are the textbooks, this because its large range in terms of accessibility, as a result of the Textbook National Program (PNLD), which would ensure to the public schools the access to some textbooks collections selected according MEC criteria. Despite the potential limitations found in the textbooks, in terms of these have the evolution as a integrator axis, books of scientifical dissemination written by authors like Ernst Mayr and Theodosius Dobzhansky clearly demonstrate that the evolution may be actually used as an articulator of other biological themes. Given this possibility of articulation, we sought to investigate, in the textbooks of authors approved by the PNLD, if the evolution was effectivety beins used as an integrator axis between the different biological themes. For it we resort to a semantic analysis of these books texts in their entirety searching references with evolutionary meaning. These data are then analyzed by descriptives, quantitatives and iconographics criteria, reveling what kinds of evolutionary inferences were most used in each thematic unit, how much each unit is linked with the evolution, and what types of diagrams are more used to explain this theme. The results pointing that evolution is not being a strong integrator axis, since the evolutionary presented themes are very restricted in terms of variability and of units where the evolutionary terms may be found, so essential evolution themes are set aside, and units that naturally would relate to the evolution would not be doing justice to such interralation. Nevertheless, when we consider the published works of other authors with Biology textbooks, we can affirm that the organizational structure of the books would be gain a greater flexibility, nevertheless the evolutionary references remain present basically in the ìevolutionî unit and and few other punctual places, presenting in some cases correlation with the presence of historical terms. As also revealing the iconographic analysis, for indicating that most of the evolutive diagrams are drawn in a counterintuitive role, being at most often presented with poor explanations of how the diagrams should be read. It is suggested, finally, the promissing of the used analisys to more diversified research, incluing textbooks of elementary school and a temporal succession of works of analised authors, beside the gain in terms of understanding and continuity between contents when a largest historical and evolitionary context are used. Not restricted this themes to the final units of the books, but it starts from the first page of each work. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde.
Coleções
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Multidisciplinar (2563)
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