Indicadores de produtividade do serviço de nutrição e dietética em unidades de alimentação e nutrição de Porto Alegre/RS

Abstract

O hospital, na formação dos seus profissionais, cumpre um papel fundamental na composição do perfil dos trabalhadores da área da saúde, necessitando de trabalhadores direcionados de forma adequada para a gestão e para a atenção à qualidade do serviço e atendimento prestados. A assistência nutricional tem um papel na promoção, prevenção e recuperação da saúde impactando diretamente na qualidade de vida e na satisfação de pacientes e trabalhadores da saúde; por conseguinte a gestão do processo produtivo relacionado à assistência nutricional é essencial para o aprimoramento do serviço. É imprescindível que haja mensuração, feita por indicadores, da qualidade e quantidade dos resultados, processos e estruturas necessárias ou utilizadas. Os indicadores são utilizados como ferramentas de avaliação do desempenho das organizações. A gestão de produção relacionada à assistência nutricional é essencial para o aprimoramento do serviço, assim como as interferências e repercussões promovidas no meio ambiente. O objetivo deste trabalho é analisar de forma comparativa os indicadores de produtividade das unidades de alimentação e nutrição de três hospitais de Porto Alegre - RS. A pesquisa limitou-se a utilizar os dados de natureza exploratória e descritiva caracterizando como estudo de caso. A formação do nutricionista, no Brasil, abrange diversas áreas, fazendo com que o profissional tenha que lidar com características diversas do meio externo e interno. Os três avaliados são universitários, com sistema de distribuição de refeições mista, atendendo convênio e SUS. Produzem acima de seis mil refeições; são 23 refeições de pacientes para cada funcionário da nutrição; cerca da metade de refeições produzidas diariamente são destinadas aos funcionários; aproximadamente 3 leitos por funcionários da nutrição e 0,35 funcionários por leito; a quantidade de técnicos é superior à quantidade de nutricionistas. Sugere-se um melhor monitoramento dos indicadores relacionados à produtividade, dimensionamento e qualidade de serviços prestados pelos hospitais devido à escassez de referências para o serviço de nutrição e dietética, assim como, de indicadores de absenteísmo.